Sputnik
"Encontramos 43 corpos sem vida, todos com suas gargantas cortadas, e também seis pessoas gravemente feridas", disse Babakura Kolo, o líder do grupo de autodefesa, à agência de notícias francesa.
"Isto é, sem dúvida, o trabalho do Boko Haram, que atua na região e ataca com frequência os agricultores", acrescentou Kolo, que participou da remoção dos corpos e do resgate das vítimas.
O ataque ocorreu em um arrozal localizado a menos de dez quilômetros de Maiduguri, a capital do estado de Borno. As vítimas eram trabalhadores do estado de Sokoto, situado a cerca de 1.000 quilômetros de distância, que tinham viajado a Borno para encontrar trabalho, disse outro integrante da milícia, Ibrahim Liman, à AFP.
O ataque ocorreu em um arrozal localizado a menos de dez quilômetros de Maiduguri, a capital do estado de Borno. As vítimas eram trabalhadores do estado de Sokoto, situado a cerca de 1.000 quilômetros de distância, que tinham viajado a Borno para encontrar trabalho, disse outro integrante da milícia, Ibrahim Liman, à AFP.
"Cerca de 60 trabalhadores agrícolas foram contratados para colher arroz neste campo, 43 foram mortos e outros seis ficaram feridos", indicou Liman, que acrescentou que oito agricultores estão desaparecidos e foram supostamente sequestrados pelos jihadistas.
Os corpos das vítimas foram transferidos para o povoado de Zabarmari, a dois quilômetros do arrozal. Eles serão enterrados no domingo, segundo Mala Bunu, uma moradora que participou das operações de socorro.
Em outubro, os combatentes do Boko Haram assassinaram 22 agricultores que trabalhavam nos campos perto de Maiduguri em dois ataques separados.
O Boko Haram e a facção rival ISWAP (acrônimo em inglês para Província da África Ocidental do Estado Islâmico), grupo dissidente do primeiro e que possui ligações com o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países), têm, cada vez mais, direcionado suas ações contra madeireiros, fazendeiros e pescadores locais. Os terroristas os acusam de espionar e transmitir informações a soldados e milícias que lutam contra a violência jihadista na região.
Mais de 36 mil pessoas foram mortas desde o surgimento do Boko Haram no nordeste da Nigéria. Além disso, mais de dois milhões de pessoas tiveram que abandonar suas casas e estão impedidas de voltar por causa da violência, que também se espalhou para os vizinhos Camarões, Níger e Chade.
Desde 2015, a Nigéria e esses três países formaram um coalizão para combater os jihadistas, chamada de Força Multinacional Conjunta, que conta com o apoio de milícias locais.