Sputnik
"Eu tenho uma proposta, nomeadamente estender o tratado existente sem quaisquer condições por pelo menos um ano, a fim de ter a possibilidade de realizar negociações substanciais sobre todos os parâmetros das questões reguladas por tratados deste tipo", disse Putin.
Chefe de Estado ressaltou que isto permitirá "não deixar nossos países, e todas as nações do mundo que estão interessadas em preservar a estabilidade estratégica, sem um documento tão fundamental como o Tratado de Redução de Armas Estratégicas".
A Rússia possui novos sistemas de armas que os EUA não têm, porém, Moscou não se recusa a discutir este lado da questão, disse Putin ao falar sobre perspectivas da prorrogação do tratado.
A Rússia possui novos sistemas de armas que os EUA não têm, porém, Moscou não se recusa a discutir este lado da questão, disse Putin ao falar sobre perspectivas da prorrogação do tratado.
"É claro que nós passamos a ter novos sistemas de armamentos que os americanos não têm, pelo menos por agora. Mas mesmo assim não nos recusamos a discutir esse lado da questão", afirmou.
Além do mais, o presidente disse que seria muito lamentável o eventual fim da existência do Tratado START.
"Seria extremamente lamentável se o tratado deixasse completamente de existir e não fosse substituído por outro documento fundamental do mesmo tipo."
Anteriormente, o enviado especial dos EUA para o controle de armas, Marshall Billingslea, declarou que o governo norte-americano está disposto a estender o tratado com a Rússia em troca do congelamento dos arsenais nucleares dos dois países. No entanto, de acordo com o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, tal proposta não é razoável no entendimento do governo russo.
O Tratado Novo START é o último acordo de controle de armas que ainda vigora entre Moscou e Washington, uma vez que o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário chegou ao fim.
Sob o tratado, assinado em 2010, os EUA e a Rússia concordaram em reduzir o número de mísseis nucleares estratégicos pela metade, além de limitar o número de ogivas nucleares estratégicas a 1.550 cada. A vigência do tratado se encerra em 5 de fevereiro de 2021.