Israel realiza maior exercício militar do ano visando 'pior cenário' de guerra (VIDEO)

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Forças de Defesa de Israel (FDI) completaram nesta quinta-feira (29) o maior exercício militar de 2020, simulando ações contra o Hezbollah e outros grupos armados pró-Irã.

Sputnik


Chamado de Hetz Katlani (Seta Letal, em hebraico), o exercício militar se iniciou no último domingo (25) e terminou ontem.

© REUTERS / Amir Cohen

O objetivo foi aprimorar a capacidade de defesa dos militares israelenses, em particular, determinar o número de alvos que o país pode atacar por dia, segundo fontes da Defesa israelense citadas pelo jornal The Times of Israel.

"O objetivo que coloquei foi de 100 alvos por dia. Em alguns casos, ultrapassamos isso", declarou a jornalistas o general-de-brigada Amir Lazar, chefe da Divisão Aérea da Força Aérea de Israel.

Israel acredita que o movimento libanês Hezbollah tenha um arsenal de 130 mil foguetes e munições de morteiro, assim como uma pequena quantidade de mísseis guiados de precisão.

O exercício contou tanto com militares na ativa quanto reservistas e simulou um confronto com grupos armados pró-Irã.

"Este exercício é especial por três razões principais: em primeiro, estabelecemos para nós mesmos o objetivo de aprimorar nossa capacidade de ataque; em segundo, este é um exercício que traça uma linha desde o nível do batalhão até o Estado-Maior, com toda a coordenação e cooperação entre as diferentes forças; em terceiro, este exercício tem um número de novos elementos que estamos assimilando", publicou a mídia a fala do chefe do Estado-Maior das FDI, Aviv Kohavi, durante conversa na quinta-feira com militares de alta patente de seu país que participaram das manobras. 

O treinamento incluiu o primeiro uso militar da chamada "Unidade Vermelha", que foi criada no início deste ano para atuar como forças inimigas em exercícios. A 99ª Divisão, uma unidade mista, formada há dois meses, também participou do exercício pela primeira vez, juntamente com sua brigada de comando e a chamada "Unidade Fantasma", formada este ano para testar novos estilos de combate, técnicas e equipamentos, disseram os militares.

'Pior cenário'

Falando a jornalistas, o porta-voz das FDI, Hidai Zilberman, afirmou que a ação simulou o "pior cenário": uma guerra contra o Hezbollah e forças similares no Líbano e Síria, grupos terroristas em Gaza, e grupos aliados do Irã "em países que não têm fronteira conosco", não especificando quais.

Na simulação, os militares levaram em conta pesados bombardeios de artilharia contra Israel, realizados com foguetes simples e com mísseis guiados de grande precisão, além de mísseis de cruzeiro.

Além disso, os militares simularam casos em que membros do movimento xiita Hezbollah estariam cercando o território israelense durante incursões transfronteiriças, levando em consideração planos do movimento de capturar cidades fronteiriças na região da Galileia, norte de Israel, no início de um possível conflito futuro.

Nas manobras, a Força Aérea israelense empregou o mais novo caça F-35 do país tanto para missões de defesa quanto de ataque.

Já a Marinha israelense foi empregada para simular a defesa das águas do país.

"A [Marinha] simulou a defesa das águas da zona econômica do Estado de Israel, seus recursos estratégicos no mar, assim como suas capacidades ofensivas e de inteligência contra o inimigo", disse Lazar.

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