France Presse
"Outro avanço HISTÓRICO hoje! Nossos dois GRANDES amigos Israel e o Reino de Barein concordam em um Acordo de Paz", tuitou o republicano.
O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (11) um acordo de paz entre Israel e Barein, que se torna o segundo país árabe a se reconciliar com o Estado judeu nas últimas semanas © Handout |
Normalizar as relações entre Israel e os aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio, incluindo as ricas monarquias do Golfo, é um objetivo fundamental da estratégia regional implementada por Trump para conter o Irã, um inimigo íntimo de Washington e também do Estado hebreu.
Coincidindo com o tuíte de Trump, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu fez o mesmo anúncio de Jerusalém.
"Cidadãos de Israel, estou comovido em informá-los que hoje à noite chegaremos a outro acordo de paz com outro país árabe, o Barein. Este acordo contribui para a paz histórica com os Emirados Árabes Unidos", disse o líder israelense em nota.
Em comunicado conjunto entre Estados Unidos, Barein e Israel, tuitado por Trump, os líderes dos três países anunciam o estabelecimento de relações diplomáticas entre Israel e o Reino do Barein.
Barein e Israel compartilham a mesma hostilidade em relação a Teerã, que Manama acusa de instrumentalizar a comunidade xiita do Barein contra a dinastia sunita governante.
- O otimismo de Trump -
Em breves comentários do Salão Oval, Trump também insinuou, sem dar provas concretas, que a situação poderia evoluir positivamente com os palestinos.
Mas não demorou muito para que o acordo entre Israel e Barein fosse criticado.
"É uma facada nas costas da causa palestina e do povo palestino", disse à AFP Ahmad Majdalani, o Ministro de Assuntos Sociais da Autoridade Palestina.
O Hamas, que governa a Faixa de Gaza, denunciou uma "agressão" com "graves danos" aos palestinos.
Desde que assumiu o poder, Trump se distanciou da autoridade palestina multiplicando decisões favoráveis a Israel, consciente de assim satisfazer a grande comunidade cristã evangélica de seu eleitorado.
Após o anúncio em meados de agosto do acordo entre Israel e os Emirados, os palestinos acusaram Abu Dhabi de traição e de violar o consenso árabe que determina a resolução do conflito israelense-palestino como condição para normalizar as relações com o Estado hebreu.
Durante uma visita do secretário de Estado americano Mike Pompeo a Manama no final de agosto, o rei desse Estado árabe reafirmou que seu país apoiava a criação de um Estado palestino, aparentemente rejeitando o apelo de Washington para estabelecer relações com Israel.
A declaração conjunta emitida pela Casa Branca especifica que o Barein participará de uma cerimônia de assinatura marcada para terça-feira na sede da presidência dos Estados Unidos na presença do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Este acordo tornará Emirados e Barein o terceiro e quarto países árabes a estabelecerem relações diplomáticas com Israel, após os tratados de paz assinados com Egito (1979) e Jordânia (1994).