Nelson Düring | DefesaNet
Uma necessidade antiga na Força Terrestre, foi iniciada na gestão do General Villas Boas. As aeronaves de Asa Fixa teriam como principal tarefa prover apoio logístico aos Pelotões Especiais de Fronteira (PEF), as unidades especiais do Exército localizadas nas regiões mais remotas da fronteira amazônica, que há anos sofrem com a incapacidade da FAB de prover o apoio aerologistico na região, causada pela falta de meios aéreos disponíveis e outras prioridades.
Tanto é que o Comando Logístico do Exército (COLOG) aluga anualmente centenas de horas de voo de pequenas empresas para ressuprir suas unidades, gastando milhões de Reais que poderiam ser investidos na sua própria aviação.
O assunto C-23 já havia sido aprovado pelo Alto-Comando do Exército. Negociações haviam sido feitas com o Governo dos Estados Unidos, que repassou ao Brasil, seu parceiro estratégico um lote de aeronaves que estava destinado a outra nação.
Depois de quatro anos o Exército deverá cancelar o Projeto Modal Aéreo da Amazônia. Vai preferir gastar milhões de Reais em aluguéis de aeronaves e ceder às pressões do lobby dos operadores de helicópteros, que perderiam a hegemonia, afinal, os C-23 Sherpa poderiam carregar uma quantidade maior de carga e voar mais longe a uma fração do preço da hora de voo dos atuais helicópteros.
No Editorial C-23 SHERPA – Um projeto Estratégico sob Ameaça, publicado dia 21AGO2020, DefesaNet alertava que interesses menores poderiam afetar o retorno da Asa Fixa ao Exército Brasileiro após 70 anos. (ver Editorial C-23 SHERPA – Um projeto Estratégico sob Ameaça Link).
Fontes também responsabilizam o Ministro da Defesa por ter cedido às pressões da Força Aérea, que é contra o Exército operar novamente sua própria aviação. Brigadeiro na reserva, que teria questionado posição, contra a Aviação de Asa Fixa no Exército.
O Ministro da Defesa Azevedo, que foi Chefe do Estado-Maior do Exército, conhecia bem o assunto, e por razões desconhecidas ou receio de se incompatibilizar com sua subordinada Força Aérea, irá tirar o tão sonhado projeto de Aviões do Exército por pressões de alguns Brigadeiros?
Triste para o Exército e para a Amazônia. Os aviões seriam fundamentais no apoio Pelotões Especiais de Fronteira (PEF) na sua árdua missão de defender as fronteiras mais remotas do Brasil.
Uma avaliação do Comando do Exército dava a seguinte tabela (abaixo) do custo de Hora de Voo. Observar que aeronaves maiores tem limitação de operar nas pistas de pouso localizadas juntos aos PEFs.
Em entrevista para DefesaNet, em 2008, o então comandante Militar da Amazônia, Gen Ex Augusto Heleno, alertava para necessidade de aeronaves de Comando e Controle (C2):
“Existe um estudo (Aeronaves de Asa Fixa) ao nível do Comando do Exército e Ministério da Defesa sobre a aquisição de aviões de Comando e Controle capazes de atender a determinados níveis de comando e que nos dariam uma mobilidade maior dentro de nossa área de atuação. Sobre outras aeronaves, entendo que o poder aeroespacial é responsabilidade da Força Aérea Brasileira e não queremos nada que possa interferir nas missões dela.”
Decepção para o Ex Comandante do Exército e Ex Comandante Militar da Amazônia, General Villas Boas, que com sábia visão estratégica, verá aquilo que seria seu grande legado à Força Terreste ser abandonado pela falta de decisão do seu Ex-Chefe do Estado-Maior e afilhado político.
O Teatro de Operações da Amazônia (TOA) escalou rapidamente em complexidade. A Operação Amazônia (2020), atualmente em curso, é um reflexo da nova situação, com o maior exercício militar da história da Amazônia Ocidental. Hoje a Amazônia assume os mais diferentes conflitos potenciais, em todos os espectros do verde.
A decisão não passa mais somente pela avaliação econômica ou maior liberdade para o Comandante do TO. Passamos a considerar o aspecto Estratégico e Geopolítico com ações que extrapolam o ambiente e análise militar como únicos pressupostos.
O assunto C-23 já havia sido aprovado pelo Alto-Comando do Exército. Negociações haviam sido feitas com o Governo dos Estados Unidos, que repassou ao Brasil, seu parceiro estratégico um lote de aeronaves que estava destinado a outra nação.
Depois de quatro anos o Exército deverá cancelar o Projeto Modal Aéreo da Amazônia. Vai preferir gastar milhões de Reais em aluguéis de aeronaves e ceder às pressões do lobby dos operadores de helicópteros, que perderiam a hegemonia, afinal, os C-23 Sherpa poderiam carregar uma quantidade maior de carga e voar mais longe a uma fração do preço da hora de voo dos atuais helicópteros.
No Editorial C-23 SHERPA – Um projeto Estratégico sob Ameaça, publicado dia 21AGO2020, DefesaNet alertava que interesses menores poderiam afetar o retorno da Asa Fixa ao Exército Brasileiro após 70 anos. (ver Editorial C-23 SHERPA – Um projeto Estratégico sob Ameaça Link).
Fontes também responsabilizam o Ministro da Defesa por ter cedido às pressões da Força Aérea, que é contra o Exército operar novamente sua própria aviação. Brigadeiro na reserva, que teria questionado posição, contra a Aviação de Asa Fixa no Exército.
O Ministro da Defesa Azevedo, que foi Chefe do Estado-Maior do Exército, conhecia bem o assunto, e por razões desconhecidas ou receio de se incompatibilizar com sua subordinada Força Aérea, irá tirar o tão sonhado projeto de Aviões do Exército por pressões de alguns Brigadeiros?
Triste para o Exército e para a Amazônia. Os aviões seriam fundamentais no apoio Pelotões Especiais de Fronteira (PEF) na sua árdua missão de defender as fronteiras mais remotas do Brasil.
Uma avaliação do Comando do Exército dava a seguinte tabela (abaixo) do custo de Hora de Voo. Observar que aeronaves maiores tem limitação de operar nas pistas de pouso localizadas juntos aos PEFs.
Em entrevista para DefesaNet, em 2008, o então comandante Militar da Amazônia, Gen Ex Augusto Heleno, alertava para necessidade de aeronaves de Comando e Controle (C2):
“Existe um estudo (Aeronaves de Asa Fixa) ao nível do Comando do Exército e Ministério da Defesa sobre a aquisição de aviões de Comando e Controle capazes de atender a determinados níveis de comando e que nos dariam uma mobilidade maior dentro de nossa área de atuação. Sobre outras aeronaves, entendo que o poder aeroespacial é responsabilidade da Força Aérea Brasileira e não queremos nada que possa interferir nas missões dela.”
Decepção para o Ex Comandante do Exército e Ex Comandante Militar da Amazônia, General Villas Boas, que com sábia visão estratégica, verá aquilo que seria seu grande legado à Força Terreste ser abandonado pela falta de decisão do seu Ex-Chefe do Estado-Maior e afilhado político.
O Teatro de Operações da Amazônia (TOA) escalou rapidamente em complexidade. A Operação Amazônia (2020), atualmente em curso, é um reflexo da nova situação, com o maior exercício militar da história da Amazônia Ocidental. Hoje a Amazônia assume os mais diferentes conflitos potenciais, em todos os espectros do verde.
A decisão não passa mais somente pela avaliação econômica ou maior liberdade para o Comandante do TO. Passamos a considerar o aspecto Estratégico e Geopolítico com ações que extrapolam o ambiente e análise militar como únicos pressupostos.