Daniel Mota, Luiz Fernando Toledo, José Brito e Vital Neto | CNN, em São Paulo
A denúncia aponta que o medicamento não tem comprovação científica em relação à eficácia para o tratamento da Covid-19 e diz que "o governo federal está em verdadeira campanha para a utilização de um medicamento ineficiente, o que torna a conduta dos representados ainda mais reprovável."
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, é um dos citados na representação protocolada pela deputada Natália Bonavides (PT-RN) | Foto: Adriano Machado/Reuters (9.jun.2020) |
A PGR ainda analisa se vai instaurar algum procedimento.
Os contratos de compra de insumos de cloroquina também estão sob investigação no Tribunal de Contas da União (TCU), em processo que foi instaurado no mês de junho. A investigação partiu de uma representação encaminhada pelo subprocurador-geral do Ministério Público de Contas da União (MPU), Lucas Rocha Furtado.
Na representação, o MP também pede que seja averiguada a responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Decida pela adoção das medidas necessárias a apurar a ocorrência de possível superfaturamento na compra de insumo pelo Comando do Exército para a fabricação do medicamento cloroquina sem que haja comprovação médica ou científica de que o medicamento seja útil para o tratamento da Covid-19, averiguando a responsabilidade direta do Presidente da República na orientação e determinação para o incremento dessa produção”, diz o subprocurador.
À CNN, o TCU informou que o processo está em fase de instrução na unidade técnica e que após essa etapa, a investigação será encaminhado para o relator, ministro Benjamin Zymler.