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Neste domingo (27), a secretária de imprensa do Ministério da Defesa da Armênia, Shushan Stepanyan, afirmou que o Azerbaijão perdeu quatro helicópteros, 15 blindados e dez tanques em meio ao recente agravamento do conflito no território disputado.
Soldado do exêrcito da autoproclamada República de Nagorno-Karabakh bombardeia posições inimigas no dia 3 de abril © AFP 2020 / VAHRAM BAGHDASARYAN |
"A divisão de Defesa do Exército [de Nagorno-Karabakh] realiza combates defensivos nas linhas de contato no norte, sul e sudoeste, impedindo o avanço inimigo. O adversário enfrenta grandes perdas de armamentos e pessoal. A divisão de defesa destruiu quatro helicópteros, aproximadamente 15 drones de ataque, dez tanques e veículos blindados", divulgou Stepanyan em seu Facebook.
Além disso, segundo Stepanyan, citando o representante da Defesa da república não reconhecida, Artur Sarkisyan, os combates provocaram a morte de 16 soldados armênios e ferimentos em outros 100 militares do lado armênio.
Enquanto isso, a procuradoria azeri informa sobre o aumento do número de feridos entre sua população civil como resultado dos ataques de artilharia.
Segundo a procuradoria, foram danificadas numerosas casas em cerca de oito povoados, bem como destruídas instalações agropecuárias e veículos em regiões próximas à área do conflito. "Até o momento, entre a população civil, há 14 pessoas com diferentes ferimentos, que foram hospitalizadas".
Anteriormente, o Ministério da Defesa azeri informou que as Forças Armadas da Armênia dispararam contra povoados na linha de contato no território de Nagorno-Karabakh, resultando em diversas mortes. Porém, Baku dispensou decretar a lei marcial e a mobilização geral, como a decretada por Erevan neste domingo (27).
O conflito começou ainda em 1988, quando a região autônoma de Nagorno-Karabakh anunciou a sua saída da República Socialista Soviética do Azerbaijão. Na década de 1990, em meio ao confronto, Baku perdeu o controle sobre o território assim como sobre as regiões adjacentes.