Sputnik
Ao longo de anos de combate eles não conseguiram atingir seus objetivos, trazendo apenas caos a estes países. Por que os americanos decidiram abandonar o que começaram e fugir foi explicado por vários especialistas à Sputnik.
Forças de segurança se posicionam na região da base aérea de Bragram, na província de Cabul, no Afeganistão, em 11 de dezembro de 2019 © AP PHOTO / RAHMAT GUL |
Planos falhos
A decisão de fazer regressar as tropas foi tomada por Washington ainda na primavera. Por enquanto no Afeganistão permanecem 8.500 soldados e oficiais, este é o resultado de um tratado de paz assinado entre o governo dos EUA e o Talibã. Segundo este documento, os americanos devem retirar suas tropas de cinco bases militares ao longo de 14 meses. O Talibã por sua vez, prometeu liberar o país dos terroristas.
Esta guerra é a mais longa da história dos EUA. As tropas americanas invadiram o país em 2001, logo após os ataques de 11 de setembro. O objetivo da campanha era combater o terrorismo internacional e os talibãs, que abrigavam os cabecilhas da Al-Qaeda (organização terrorista proibida na Rússia).
A decisão de fazer regressar as tropas foi tomada por Washington ainda na primavera. Por enquanto no Afeganistão permanecem 8.500 soldados e oficiais, este é o resultado de um tratado de paz assinado entre o governo dos EUA e o Talibã. Segundo este documento, os americanos devem retirar suas tropas de cinco bases militares ao longo de 14 meses. O Talibã por sua vez, prometeu liberar o país dos terroristas.
Esta guerra é a mais longa da história dos EUA. As tropas americanas invadiram o país em 2001, logo após os ataques de 11 de setembro. O objetivo da campanha era combater o terrorismo internacional e os talibãs, que abrigavam os cabecilhas da Al-Qaeda (organização terrorista proibida na Rússia).
O contingente foi aumentando constantemente atingindo 110.000 militares. Em mais de 19 anos de missões no país, os americanos perderam mais de 2.300 soldados, cerca de 20.000 foram feridos. Além disso, a população civil também sofreu muito, centenas de afegãos morrem anualmente por causa de ataques aéreos errôneos.
Os inúmeros instrutores dos EUA não conseguiram preparar eficazmente o Exército afegão para combater o terrorismo. Embora tenham sido enviados ao longo dos anos armamentos e equipamentos avaliados em bilhões de dólares e tenham sido construídas dezenas de bases de treinamento, mesmo assim os afegãos não aprenderam a combater, nos últimos cinco anos foram mortos mais de dez mil militares afegãos.
De acordo com o professor da Academia de Ciências Militares Sergei Sudakov, os americanos não conseguiram alcançar resultados significativos na luta contra os terroristas. O mais importante, segundo Sudakov, não é a quantidade de tropas implantadas, mas sim os resultados. Os estadunidenses não conseguiram tornar a região estável e lidar com os muitos grupos terroristas existentes lá.
Os norte-americanos nunca sairão completamente do Afeganistão, as empresas militares privadas permanecerão no país.
"Eles vão continuar a resolver tarefas práticas. Sair do país significaria abrir as fronteiras aos terroristas e ficar sem fontes de informação, deitar tudo a perder, tudo aquilo que se formou durante anos. Os americanos não se importam com o modo como o terrorismo se espalha no espaço pós-soviético ou na Europa. Eles precisam proteger seu próprio território", opina o especialista.
'Com alvo nas costas'
Já no Iraque há aproximadamente cinco mil militares dos EUA. Donald Trump prometeu reduzir o contingente para três mil. Conforme o professor da Escola Superior de Economia de Moscou Andrei Chuprygin, isto acontece porque os militares americanos se sentem menos confortáveis neste país.
"Ultimamente, especialmente após a liquidação do comandante iraniano Qassem Soleimani em Bagdá, a situação dos EUA no Iraque não é muito boa. Lá explodem constantemente comboios [militares], são realizados ataques de mísseis contra locais de estacionamento das tropas dos EUA. Isto não lhes aumenta o desejo de ficar nestas áreas com um alvo nas costas", explicou.
De acordo com o especialista, muitas coisas indicam que o presidente americano Trump tem ponderado seriamente se tem sido correta a intervenção militar nos assuntos de países terceiros.
As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik