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Pequim introduziu restrições recíprocas a diplomatas americanos e outros funcionários da embaixada e consulados dos EUA na China, incluindo Hong Kong, anunciou em nota diplomática o Ministério das Relações Exteriores da China nesta sexta-feira (11).
Presidente dos EUA, Donald Trump, e presidente chinês, Xi Jinping © REUTERS / KEVIN LAMARQUE |
"Deve-se enfatizar que essas medidas são a necessária e legítima resposta da China aos movimentos errôneos dos EUA. […] Mais uma vez, exortamos o lado norte-americano a corrigir imediatamente seus erros e a suspender as restrições irracionais impostas à embaixada e aos consulados chineses e seus funcionários", afirma o comunicado.
Roubo de propriedade intelectual
As restrições chinesas são uma resposta ao bloqueio por parte dos EUA a concessões de vistos para estudantes de pós-graduação e pesquisadores chineses. A administração Trump garante que essa medida é necessária para impedi-los de roubar pesquisas confidenciais.
Um dia antes, na terça-feira (8), o presidente dos EUA afirmou que pretende restringir as relações econômicas com a China e punir qualquer empresa norte-americana que crie empregos no país asiático.
Acusações de espionagem
Em julho, EUA exigiram o fechamento do Gabinete de Passaportes e Vistos no Consulado-Geral da China em Houston, Texas, acusando os chineses de realizarem espionagem no local. Anteriormente, os diplomatas de Pequim foram obrigados a informar as autoridades norte-americanas sobre quaisquer reuniões com políticos estaduais e locais, bem como comunicações com instituições de ensino e pesquisa.
Semanas depois, o governo norte-americano afirmou que iria proibir o uso do popular aplicativo chinês TikTok nos EUA, uma vez que a Casa Branca alega que o popular app pode ser utilizado por Pequim para espionagem.
China rechaça as acusações e responde acusando Washington de espionagem a nível global, se referindo ao programa de vigilância PRISM da Agência de Segurança Nacional dos EUA revelado por Edward Snowden.