Por G1
A Armênia declarou neste domingo (27) lei marcial e mobilização militar total em meio a uma troca de acusações com o Azerbaijão sobre bombardeios na região separatista de Nagorno-Karabakh, fronteira entre os 2 países.
No Twitter, o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, pediu que as tropas se apresentassem em seus distritos e publicou a seguinte mensagem: "Pela pátria, pela vitória".
Após a decisão do governo armênio, o Exército do Azerbaijão declarou que não há necessidade de mobilização militar total, segundo informações da Reuters.
Ataques na fronteira
Mais cedo, Pashinyan acusou o Azerbaijão de bombardear alvos civis na região de Nagorno-Karabakh e publicou nas redes sociais que a Armênia derrubou 2 helicópteros, 3 veículos aéreos não-tripulados e que destruiu 3 tanques.
Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores armênio condenou a agressão, declarou que o país vai agir com "toda a sua capacidade para garantir a segurança da população de Artsakh" e que dará uma resposta militar e política apropriada.
Do outro lado, Hikmet Hajiyev, assistente do presidente azeri Ilham Heydar, responsabilizou os armênios pelos bombardeios na fronteira, classificando-os como um "ato de guerra", e disse que há relatos de mortos e feridos.
O Ministério da Defesa do Azerbaijão também se pronunciou e informou que um helicóptero foi, de fato, derrubado, mas que a tripulação sobreviveu, e que 12 veículos de defesa antiaérea da Armênia foram destruídos.
Repercussão internacional
Porta-voz do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, Ibrahim Kalin foi às redes sociais para condenar o que ele classificou como um "ataque da Armênia ao Azerbaijão".
"A Armênia, mais uma vez, violou as leis internacionais e mostrou que não tem interesse na paz e na estabilidade. A Turquia se solidariza com o Azerbaijão e apoia sem reservas o seu direito de se defender", escreveu Kalin.
A França também se manifestou e pediu que os 2 países parem com as hostilidades e retomem imediatamente o diálogo. De acordo com Agnès von der Mühll, porta-voz do Ministério francês das Relações Exteriores, o país está "extremamente preocupado".
Conflito antigo
Armênia e Azerbaijão vivem tensões por disputas étnicas e territoriais desde o fim da União Soviética, em 1991. Eles lutam pelo controle de Nagorno-Karabakh, um enclave de maioria armênia no Azerbaijão.
Nagorno-Karabakh proclamou unilateralmente sua independência em 1991, com o apoio armênio, iniciando uma guerra com o Azerbaijão que matou cerca de 30 mil pessoas até um cessar-fogo em 1994.
A Armênia declarou neste domingo (27) lei marcial e mobilização militar total em meio a uma troca de acusações com o Azerbaijão sobre bombardeios na região separatista de Nagorno-Karabakh, fronteira entre os 2 países.
Mapa República de Nagorno-Karabakh — Foto: Alexandre Mauro/G1 |
No Twitter, o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, pediu que as tropas se apresentassem em seus distritos e publicou a seguinte mensagem: "Pela pátria, pela vitória".
Após a decisão do governo armênio, o Exército do Azerbaijão declarou que não há necessidade de mobilização militar total, segundo informações da Reuters.
Ataques na fronteira
Mais cedo, Pashinyan acusou o Azerbaijão de bombardear alvos civis na região de Nagorno-Karabakh e publicou nas redes sociais que a Armênia derrubou 2 helicópteros, 3 veículos aéreos não-tripulados e que destruiu 3 tanques.
Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores armênio condenou a agressão, declarou que o país vai agir com "toda a sua capacidade para garantir a segurança da população de Artsakh" e que dará uma resposta militar e política apropriada.
Do outro lado, Hikmet Hajiyev, assistente do presidente azeri Ilham Heydar, responsabilizou os armênios pelos bombardeios na fronteira, classificando-os como um "ato de guerra", e disse que há relatos de mortos e feridos.
O Ministério da Defesa do Azerbaijão também se pronunciou e informou que um helicóptero foi, de fato, derrubado, mas que a tripulação sobreviveu, e que 12 veículos de defesa antiaérea da Armênia foram destruídos.
Repercussão internacional
Porta-voz do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, Ibrahim Kalin foi às redes sociais para condenar o que ele classificou como um "ataque da Armênia ao Azerbaijão".
"A Armênia, mais uma vez, violou as leis internacionais e mostrou que não tem interesse na paz e na estabilidade. A Turquia se solidariza com o Azerbaijão e apoia sem reservas o seu direito de se defender", escreveu Kalin.
A França também se manifestou e pediu que os 2 países parem com as hostilidades e retomem imediatamente o diálogo. De acordo com Agnès von der Mühll, porta-voz do Ministério francês das Relações Exteriores, o país está "extremamente preocupado".
Conflito antigo
Armênia e Azerbaijão vivem tensões por disputas étnicas e territoriais desde o fim da União Soviética, em 1991. Eles lutam pelo controle de Nagorno-Karabakh, um enclave de maioria armênia no Azerbaijão.
Nagorno-Karabakh proclamou unilateralmente sua independência em 1991, com o apoio armênio, iniciando uma guerra com o Azerbaijão que matou cerca de 30 mil pessoas até um cessar-fogo em 1994.