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A Índia começou a destacar um esquadrão de 12 tanques de disparo de mísseis T-90, porta-aviões blindados e uma brigada de tropas completas (quatro mil soldados) para base militar em Daulat Beg Oldi (DBO) a fim de evitar qualquer possível invasão chinesa a partir do vale de Shaksgam, na região de Ladakh, afirmam comandantes militares citados no jornal indiano Hindustan Times nesta segunda-feira (27).
Imagens de Shiquanhe, condado de Gar, Tibete, mostram um possível (grande) destacamento do ELP da China suspeito de fazer parte do papel de apoio ao enfrentamento em curso entre Índia e China |
A movimentação ocorre supostamente após o fracasso nas negociações para a retirada do destacamento militar chinês em Aksai Chin, Caxemira, onde estão cerca de 50 mil soldados do Exército de Libertação Popular da China (ELP).
Como as pontes na estrada Darbuk-Shyok-DBO não aguentam o peso de 46 toneladas, os tanques de disparo de mísseis T-90 atravessaram pelo rio usando equipamentos especializados. O Exército indiano também enviou veículos de combate de infantaria, obuseiros M-777 de 155 milímetros de produção norte-americana e armas de 130 milímetros a várias zonas no leste de Ladakh, que incluem DBO e os rios Galwan e Pangong Tso.
As imagens de satélite têm mostrado grandes concentrações de tropas na região autônoma do Tibete e o uso de possíveis túneis para guardar equipamentos, afirmou o portal indiano ThePrint. A avaliação de um novo destacamento sugere que o ELP está se preparando para um inverno longo e rigoroso.
Imagens de satélite de terça-feira (21) mostram a presença de cerca de cinco mil soldados e equipamentos do PLA, incluindo heliportos. Além disso, há construção em andamento.
Como as negociações de retirada de tropas estão longe do fim, o Exército da Índia procura igualar a força das tropas opositoras ao mesmo tempo que mantém um olho no movimento do ELP ao longo da Linha de Controle Real (LAC, na sigla em inglês).
As conversações militar e diplomática resultaram na saída de tropas apenas do vale de Galwan desde o violento confronto de 15 de junho, no qual morreram 20 soldados indianos. Segundo o portal DevDiscourse, Pequim ainda não retirou suas tropas nem de Pangong Tso nem do vale Depsang.
Além disso, a mídia afirma que as tropas chinesas estão quase oito quilômetros dentro do território indiano no vale Depsang. A Índia e a China estão em um dos seus mais longos impasses fronteiriços, que começou na última semana de abril, depois de Pequim ter levantado objecções ao desenvolvimento de infraestruturas por Nova Deli ao longo da vagamente demarcada fronteira.