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No entanto, Pequim tem alegadamente ponderado a apresentação do novo bombardeiro furtivo e o que este passo poderia significar para escalada das tensões regionais provocadas pelo novo coronavírus.
O altamente sofisticado Xian H-20 coloca a Austrália, o Japão e a península coreana dentro do alcance da China, podendo causar problemas até mesmo para os Estados Unidos.
"Se o Xian H-20 tiver mesmo o alcance e as características furtivas atribuídas a ele, seria capaz alterar os cálculos estratégicos entre os Estados Unidos e a China, expondo as bases e frotas norte-americanas em todo o oceano Pacífico a ataques aéreos surpresas", aponta The National Interest.
O Xian H-20 está na mesma linha que os bombardeiros estratégicos norte-americanos B-2 e B-21 ou Tupolev PAK DA russo, de acordo com o relatório da Agência de Inteligência de Defesa dos Estados Unidos, escreve Fox News.
A aeronave furtiva irá conceder à China aquilo que só os EUA e a Rússia têm – uma tríade nuclear, ou seja, uma estrutura de força militar de três frentes com capacidade para lançar ataques nucleares a partir do ar, terra e mar.
Os referidos países são os únicos que têm as necessidades e recursos para desenvolver enormes bombardeiros estratégicos de longo alcance que podem atingir alvos em todo o mundo.
O avião chinês poderá ser apresentado no show aéreo de Zhuhai em novembro se até lá for possível colocar a pandemia sob controle.
"É previsto que show aéreo de Zhuhai se torne uma plataforma para promover a imagem da China e seu sucesso no controle de pandemia, dizendo ao mundo exterior que o surto não teve grande impacto na defesa chinesa", afirmou uma fonte ao jornal South China Morning Post.
O bombardeiro Xian H-20 teria sido desenvolvido para atacar alvos além do segundo anel da ilha que inclui bases dos EUA no Japão, Guam, Filipinas e outros países a partir de bases aéreas da China continental, estando o terceiro anel de ilhas estendido ao Havaí e à costa da Austrália.