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O avião iraniano foi interceptado duas vezes pelas aeronaves militares dos Estados Unidos em um espaço de tempo de seis minutos, segundo publicou a emissora Press TV neste domingo (26).
© REUTERS / Força Aérea dos EUA |
O fato ocorreu na quinta-feira (23), quando o avião da Mahan Air percorria o trajeto entre Teerã e Beirute. O Comando Central dos EUA afirmou que apenas um jato se aproximou do avião de passageiros para realizar uma inspeção de rotina para garantir a segurança do espaço aéreo acima das bases norte-americanas na Síria.
A emissora iraniana Press TV, no entanto, citando fontes próprias, afirma que os jatos dos EUA interceptaram o avião iraniano uma vez sobre a região síria de Al-Tanf, onde estão localizadas as bases dos EUA, e novamente acima da fronteira entre a Síria e o Líbano.
A emissora disse que a segunda interceptação foi quando o piloto da Mahan Air teve que abruptamente baixar a altitude para evitar uma colisão, já depois de atravessar o espaço aéreo do Líbano. Ainda segundo a fonte ouvida pela emissora, os dois caças F-15 decolaram da base aérea jordaniana de al-Azraq.
A Mahan Air disse que a interceptação ocorreu em um momento em que os passageiros já tinham permissão para soltar os cintos de segurança e muitos deles sofreram ferimentos quando o capitão teve que diminuir a altitude devido ao alerta de possível colisão.
As Forças Armadas dos EUA disseram que seu caça conduziu a manobra a uma distância segura e em conformidade com as normas internacionais.
O Irã apresentou uma queixa sobre o incidente à Organização Internacional de Aviação Civil e solicitou mais detalhes ao governo da Síria, enfatizando que a presença dos EUA na Síria, incluindo seu espaço aéreo, é ilegítima, pois não foi solicitada pelo governo sírio, nem autorizada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).