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Um dos pontos altos do exercício foi o ataque a uma maquete de porta-aviões, feita para se assemelhar aos navios da classe Nimitz da Marinha dos EUA e complementado com modelos de aviões de guerra estacionados no seu convés. As forças paramilitares iranianas dispararam um míssil de um helicóptero na direção do navio, enquanto lanchas rápidas circulavam à sua volta.
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A Marinha dos EUA criticou os exercícios militares do Irã que estão ocorrendo ao longo das hidrovias no golfo Pérsico e no estreito de Ormuz, acrescentando que está monitorando-os de perto.
"Estamos cientes do exercício iraniano que inclui atacar a maquete de uma embarcação semelhante a um porta-aviões imóvel [...] Estamos sempre atentos a esse tipo de comportamento irresponsável e imprudente do Irã nas proximidades de movimentadas vias navegáveis internacionais", disse à AFP a porta-voz da Quinta Frota dos EUA, Rebecca Rebarich.
A funcionária da Quinta Frota dos EUA também observou que, apesar dos jogos de guerra serem realizados perto das principais hidrovias regionais, incluindo o estreito de Ormuz, responsável por grande parte dos transportes globais de petróleo, as operações dos navios comerciais não foram interrompidas, acrescentando que as operações da coalizão marítima internacional também não foram afetadas.
A animosidade entre o Irã e os EUA segue alta, enquanto o governo Trump continua a perseguir sua campanha de "pressão máxima" contra Teerã. O governo iraniano diz que os danos econômicos sofridos não minaram sua determinação de prejudicar Washington, inclusive por meios militares.
O estreito de Ormuz, onde o exercício foi realizado, é uma via crucial para o comércio global de petróleo que o Irã ameaçou bloquear se os EUA lançassem um ataque militar.