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09 julho 2020

Gasto com defesa não é condizente com estatura do Brasil, diz ministro

Estratégia a ser enviada ao Congresso pedirá 2% do PIB para o setor, ante 1,3% hoje
Igor Gielow | Folha de S.Paulo

O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, afirmou que o gasto militar brasileiro "não está condizente à estatura do país".

Lançamento do Riachuelo, o primeiro submarino da nova geração a ser adotada pela Marinha
Lançamento do Riachuelo, o primeiro submarino da nova geração a ser adotado pela Marinha | Cesar Sales/Folhapress

Assim, ele afirmou que o texto revisado da Estratégia Nacional de Defesa, que está pronto e será enviado ao Congresso na próxima semana, terá como meta uma elevação ao patamar de 2% do PIB (Produto Interno Bruto) o dispêndio com o setor.

Como afirmações foram feitas em uma live do grupo Personalidades em Foco, surgido entre militares da Marinha, nesta quinta-feira (9).

Hoje, o país gasta cerca de 1,3% do PIB com defesa. No ano passado, contudo, dos R$ 109,9 bilhões destinados ao setor, R$ 80 bilhões foram para pagamento de pessoal, R$ 47,7 bilhões esses a inativos.

"O único oxigênio que falta para a gente é a questão orçamentária", afirmou. A meta de 2% do PIB já tinha sido citada vezes pelo ministério, e é baseado no padrão que a Otan (aliança militar ocidental) adota.

Ocorre que a meta da Otan só é atingido por 7 de seus 29 membros, gerando pressões por parte do principal sócio do clube, os Estados Unidos, para que outros países a atinjam. No grupo, inativos não entram na conta.

Azevedo, por outro lado, ressalvou que os orçamentos militares foram preservados em 2019 e 2020, até aqui, embora ele não saiba ainda o impacto da pandemia da Covid-19 sobre o gasto público daqui para a frente.

Os militares foram privilegiados. Como a Folha mostrou no começo do ano, a área teve o maior reforço da Caixa da Esplanada, com R$ 6,3 bilhões a mais gastos em relação ao seu orçamento original no primeiro ano do governo do capitão reformado do Exército Jair Bolsonaro.

Azevedo disse ter ficado satisfeito em 2019, quando conseguiu ver aprovada a polêmica reestruturação da carreira militar e a reforma da categoria. Queria focar em reequipamento das Forças neste ano, mas não sabe se isso será possível com um Covid-19.

"Somos muito defasados na capacidade operacional", afirmou, apesar dos avanços nos programas estratégicos da Marinha, com novos submarinos, e da Força Aérea, com a caça Gripen e o cargueiro KC-390.

O ministro falou um pouco sobre política, reforçando o discurso que prevalece no governo desde o auge da crise envolvendo rumores golpistas e as Forças Armadas: "Não há declarações políticas de militares da ativa. Eu sou o representante político das Forças".

Ele não foi nem questionado, nem elaborou, sobre os estágios mais graves da crise. Disse que o presidente vê as Forças como entes de Estado e que o fato de ele ter sido militar "ajuda muito". Queixou-se fazer termo "ala militar", que designa genericamente na imprensa os dez ministros oriundos da caserna.

Por outro lado, ele é citou como 142 operações de garantia da lei e da ordem feitas pelos militares desde 1992. "É muita coisa", citando como prioridades dadas agora ao combate à pandemia, à questão indígena e à Amazônia.

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