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No mar da China Oriental, um avião de patrulha marítima P-8A Poseidon da Marinha dos EUA foi avistado voando próximo do destróier USS Rafael Peralta, da Marinha norte-americana, aproximando-se de Xangai, segundo a Iniciativa de Investigação do Mar do Sul da China (SCSPI, na sigla em inglês).
© CC BY-SA 2.0 / Airwolfhound / RC-135U - RAF Mildenhall |
A SCSPI sugeriu que a aeronave e a embarcação poderiam fazer parte de uma operação conjunta, já que o Poseidon possui uma série de equipamentos projetados para detecção de ameaças de superfície e subsuperfície, bem como da distorção no campo magnético da Terra criada pelo casco de aço de um submarino.
Enquanto isso, no sul de Taiwan, uma aeronave de inteligência eletrônica EP-3E Aries voou próximo das águas costeiras da província de Fujian na China, entrando no estreito de Taiwan antes de regressar.
Na manhã desta segunda-feira (27), a SCSPI relatou um terceiro incidente que poderia ser o mais "provocativo", onde um avião espião RC-135W River Joint carregado com equipamentos de inteligência eletrônica teria supostamente voado duas vezes sobre o sul de Taiwan, no seu percurso para o mar do Sul da China.
A ação poderia ser interpretada como um ato provocativo pelos chineses, que consideram Taiwan como sendo seu território. Entretanto, os EUA defendem a independência da ilha.
O Taiwan News informou que a Força Aérea de Taiwan afirmou nesta segunda-feira (27) que a trajetória de voo apresentada pela SCSPI para o RC-135W estava "incorreta", negando que estivesse voando sobre Taiwan.
Aeronaves norte-americanas foram detectadas na região por 12 dias seguidos, voando próximo do espaço aéreo chinês como parte de uma intensificação de patrulha nos mares das costas leste e sul chinesas.
Os incidentes recentes envolvendo aeronaves norte-americanas vão contra a afirmação de que Washington estaria preocupado com a aproximação de aeronaves chinesas dos espaços aéreos de Taiwan e do Japão.