Murillo Ferrari | CNN, em São Paulo
“Uma tabela simples, dizendo acumulado de mortos, acumulados de contaminados do Brasil não era uma informação digna para apresentar ao povo brasileiro”, disse Pazuello durante reunião do Conselho de Governo entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus ministros.
Ministro interino da Saúde, General Eduardo Pazuello | Divulgação |
O governo federal tem sido amplamente criticado por especialistas e políticos desde que decidiu mudar, na semana passada, a forma como apresenta os dados da pandemia de Covid-19, deixando de apresentar alguns dados consolidados e alterando o horário de disponibilização dessas informações.
O ministro interino se defendeu e disse que sua equipe tem trabalhado há 20 dias em uma solução que funcione 24 horas por dia e que seja regionalizada, de forma que mesmo que a pasta não tenha dados de todos os estados e municípios possa disponibilizar as informações mais atualizadas para o público e para os gestores públicos.
Segundo Pazuello, com os dados separados "por capitais e regiões metropolitana, interior dos estados, estado, região e Brasil, posso disponibilizar o dado que chegue para mim. Quando você tinha os dados de 15 estados e colocava como dado do Brasil, era um dado que não era fidedigno", disse Pazuello.
O ministro interino rebateu críticas de que o governo passou a omitir dados sobre a crise. “Ao contrário, 180 graus do que está se discutindo em mídia e outros canais. Estamos trabalhando para mostrar 100% dos dados e com a modelagem regional”, afirmou.
O novo sistema já foi apresentado pelo governo, mas ainda não estava acessível até o começo da tarde desta terça-feira (9). O Ministério da Saúde disse que houve um problema técnico e que a plataforma deve entrar no ar ainda hoje.
Mudança após críticas
Na segunda-feira (8), após reação negativa sobre atrasos e omissões na divulgação de dados, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse que os dados sobre infectados e mortos seriam divulgados, diariamente, às 18h.
Ele defendeu ainda que a nova metodologia adotada pelo governo para divulgar os dados referentes ao coronavírus no Brasil é "mais amigável".
A manifestação de Franco se deu após o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticar a alteração na divulgação dos dados.
No Twitter, Maia afirmou que “a comissão externa da Câmara que trata da Covid-19 vai se debruçar sobre as estatísticas. É urgente que o Ministério da Saúde divulgue os números com seriedade, respeitando os brasileiros e em horário adequado. Não se brinca com mortes e doentes”.
Maia também pretende votar nesta semana um projeto de lei para obrigar o governo a dar mais transparência nos dados da pandemia do coronavírus no Brasil.
Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que a Comissão Mista Especial de Acompanhamento do Coronavírus – que monitora as medidas tomadas pelo governo federal no enfrentamento à pandemia – trabalhará com os dados fornecidos pelos estados e pelo Distrito Federal.
Antes, no sábado (6), o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento extrajudicial para apurar os motivos que levaram o Ministério da Saúde a excluir o número total de mortes por Covid-19 do boletim epidemiológico do país.
Na justificativa do procedimento, o MPF destacou a transparência "como regra a ser adotada pelo poder público", e ressaltou o artigo quinto da Constituição, que assegura “o acesso à informação”.
Ordem do STF
Também na segunda-feira (8), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o Ministério da Saúde volte a publicar dados completos sobre o avanço do novo coronavírus no país.
Na decisão, Moraes ordena que a pasta “mantenha em sua integralidade a divulgação diária dos dados epidemiológicos relativos à pandemia”, inclusive em seu site na internet.
(Com informações de Natália André, da CNN em Brasília)
O ministro interino se defendeu e disse que sua equipe tem trabalhado há 20 dias em uma solução que funcione 24 horas por dia e que seja regionalizada, de forma que mesmo que a pasta não tenha dados de todos os estados e municípios possa disponibilizar as informações mais atualizadas para o público e para os gestores públicos.
Segundo Pazuello, com os dados separados "por capitais e regiões metropolitana, interior dos estados, estado, região e Brasil, posso disponibilizar o dado que chegue para mim. Quando você tinha os dados de 15 estados e colocava como dado do Brasil, era um dado que não era fidedigno", disse Pazuello.
O ministro interino rebateu críticas de que o governo passou a omitir dados sobre a crise. “Ao contrário, 180 graus do que está se discutindo em mídia e outros canais. Estamos trabalhando para mostrar 100% dos dados e com a modelagem regional”, afirmou.
O novo sistema já foi apresentado pelo governo, mas ainda não estava acessível até o começo da tarde desta terça-feira (9). O Ministério da Saúde disse que houve um problema técnico e que a plataforma deve entrar no ar ainda hoje.
Mudança após críticas
Na segunda-feira (8), após reação negativa sobre atrasos e omissões na divulgação de dados, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse que os dados sobre infectados e mortos seriam divulgados, diariamente, às 18h.
Ele defendeu ainda que a nova metodologia adotada pelo governo para divulgar os dados referentes ao coronavírus no Brasil é "mais amigável".
A manifestação de Franco se deu após o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticar a alteração na divulgação dos dados.
No Twitter, Maia afirmou que “a comissão externa da Câmara que trata da Covid-19 vai se debruçar sobre as estatísticas. É urgente que o Ministério da Saúde divulgue os números com seriedade, respeitando os brasileiros e em horário adequado. Não se brinca com mortes e doentes”.
Maia também pretende votar nesta semana um projeto de lei para obrigar o governo a dar mais transparência nos dados da pandemia do coronavírus no Brasil.
Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que a Comissão Mista Especial de Acompanhamento do Coronavírus – que monitora as medidas tomadas pelo governo federal no enfrentamento à pandemia – trabalhará com os dados fornecidos pelos estados e pelo Distrito Federal.
Antes, no sábado (6), o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento extrajudicial para apurar os motivos que levaram o Ministério da Saúde a excluir o número total de mortes por Covid-19 do boletim epidemiológico do país.
Na justificativa do procedimento, o MPF destacou a transparência "como regra a ser adotada pelo poder público", e ressaltou o artigo quinto da Constituição, que assegura “o acesso à informação”.
Ordem do STF
Também na segunda-feira (8), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o Ministério da Saúde volte a publicar dados completos sobre o avanço do novo coronavírus no país.
Na decisão, Moraes ordena que a pasta “mantenha em sua integralidade a divulgação diária dos dados epidemiológicos relativos à pandemia”, inclusive em seu site na internet.
(Com informações de Natália André, da CNN em Brasília)