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"Se a Coreia do Norte passar a ações reais, inevitavelmente pagará o respetivo preço", afirmou um funcionário de alto escalão do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.
© AFP 2020 / CHOO YOUN-KONG |
O militar expressou também uma profunda preocupação pelas declarações do Estado-Maior norte-coreano a respeito de seus planos militares, ressaltando que estas ações violam os acordos intercoreanos, a declaração de Panmunjom e o acordo militar de 2018.
"Estas medidas anulam em um momento todos os resultados e os esforços conjuntos alcançados em mais de 20 anos de progresso nas relações intercoreanas e na manutenção da paz na península coreana", indicou o representante do Estado-Maior sul-coreano.
Anteriormente, o alto comando militar norte-coreano, citado pela Agência Central de Notícias da Coreia, declarou que Pyongyang planeja implantar suas tropas na região de Kaesong e nas proximidades da montanha Kumgangsan, na fronteira com a Coreia do Sul.
Além disso, a mídia afirmou que Seul pediu para enviar seus representantes para negociações com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e que Pyongyang teria rejeitado a proposta.
A Coreia do Norte destruiu o escritório de comunicação que operava com o Sul na cidade fronteiriça de Kaesong, fruto dos acordos alcançados na cúpula histórica que o líder norte-coreano Kim Jong-un e o presidente sul-coreano Moon Jae-in mantiveram em abril de 2018.
As autoridades norte-coreanas deixaram de usar o escritório na semana passada, quando cortaram as linhas de comunicação civis e militares com a nação vizinha.
Pyongyang tomou as medidas após desertores residentes na Coreia do Sul lançarem 500.000 balões com panfletos anti-Pyongyang através da fronteira entre os dois países.