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Se dirigindo ao almirante Craig Faller, chefe do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, o ministro advertiu: "Se você se atrever a realizar ações no mar, o que chamam de ações legais, no mar que corresponde à Venezuela, receberá uma resposta digna dos patriotas da Venezuela, de nossa Marinha Bolivariana", assegurou durante um discurso dedicado aos 199 anos da Batalha de Carabobo.
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Na terça-feira (23), a Marinha norte-americana anunciou em um comunicado que havia realizado uma ação de "liberdade de navegação, contestando uma reivindicação marítima excessiva da Venezuela".
"O navio navegou legalmente por uma área sobre a qual o regime ilegítimo de Maduro afirma falsamente ter controle, uma afirmação que é incompatível com o direito internacional", destacou.
Além disso, comunicado norte-americano indicou que o navio "realizou a operação em águas internacionais fora da jurisdição territorial de 12 milhas náuticas da Venezuela".
No entanto, Padrino López explicou que o destróier da Marinha dos EUA se aproximou a cerca de 30 milhas da costa norte venezuelana e que Caracas realizou um rastreamento do navio e de sua rota.
"O almirante Faller exibindo sua enorme ignorância sobre o que é o direito do mar, o direito marítimo internacional e as convenções do mar, que foram assinadas pelos países da Organização das Nações Unidas, emite uma declaração cantando vitória por ter navegado na nossa Zona Econômica Exclusiva", observou.
O ministro, que qualificou a ação como "um ato provocativo" e "próprio de uma atitude arrogante", reiterou aos EUA que, se estes realizarem operações militares em seu espaço marítimo, receberão uma "resposta contundente" do Exército. "É uma ordem, um mandato constitucional", assegurou.