Por Tiago Guedes | RBS TV e G1 RS
A Polícia Federal realizou, na manhã desta sexta-feira (26), a Operação Capture The Flag, com o objetivo de combater hackers suspeitos de invadirem sistemas informatizados de órgãos públicos. A PF informou que o grupo obteve, de forma ilícita, dados do presidente da República, Jair Bolsonaro, como, por exemplo, acesso a exames dele.
A Polícia Federal realizou, na manhã desta sexta-feira (26), a Operação Capture The Flag, com o objetivo de combater hackers suspeitos de invadirem sistemas informatizados de órgãos públicos. A PF informou que o grupo obteve, de forma ilícita, dados do presidente da República, Jair Bolsonaro, como, por exemplo, acesso a exames dele.
Polícia Federal deflagra operação contra combate a organização criminosa hacker — Foto: Divulgação / Polícia Federal |
Além disso, os suspeitos teriam obtido dados bancários da família do presidente e informações pessoais de militares do Rio de Janeiro.
"Publicavam esses dados em páginas de redes sociais. No caso dos militares, foram dados pessoais, residências, telefones, tudo o que o cara tem na ficha funcional dele, em tese, foi invadido por eles. Órgãos públicos, prefeituras, câmaras, colocou bastante em risco a segurança, inclusive a segurança nacional, uma coisa que vai ser analisada ainda no andamento do inquérito", afirma o superintendente da Polícia Federal no RS, José Antônio Dornelles de Oliveira.
A PF informou que são vários grupos interligados, e três mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas casas dos suspeitos: um jovem de 19 anos, de Nova Bassano (RS), um adolescente de 17, de Porto Alegre (RS), e outro de 17, de Fortaleza (CE).
De acordo com a investigação, integrantes do grupo hacker investigado obtiveram e expuseram de forma ilícita dados pessoais de mais de 200 mil servidores e autoridades públicas, com o objetivo de intimidar e constranger tanto as instituições quanto as vítimas que tiveram seus dados e intimidade expostos.
Segundo a apuração, a organização teria invadido sistemas de universidades federais, prefeituras e câmaras de vereadores municipais nos estados do Rio de Janeiro, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul, de um governo estadual e diversos outros órgãos públicos. Somente no Rio Grande do Sul, foram mais de 90 instituições invadidas pelo grupo.
Há indícios, ainda, da prática de outros crimes cibernéticos, como compras fraudulentas pela internet e fraudes bancárias.
A investigação se concentra na apuração dos crimes de invasão de dispositivo informático, corrupção de menores, estelionato e organização criminosa.