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A decisão foi tomada nesta quarta-feira (24) pelo Conselho de Segurança Nacional, liderado pelo primeiro-ministro Shinzo Abe, detalhou Kono em uma reunião sobre questões de segurança com os legisladores do Partido Liberal Democrático.
Sistema Aegis Ashore na Romênia © flickr.com / US Army Corps of Engineers Europe District |
"Como resultado de uma discussão no Conselho de Segurança Nacional, foi decidido cancelar a instalação do Aegis Ashore nas prefeituras de Yamaguchi e Akita", afirmou Kono, citado pela emissora NHK.
Ao mesmo tempo, Kono advertiu que os destróieres japoneses dotados do sistema naval Aegis resultam insuficientes para garantir a segurança do Japão perante as ameaças de mísseis.
"Devemos analisar agora como atuar a médio e longo prazo", ressaltou o ministro, que havia observado que seu país renunciaria ao Aegis Ashore devido, entre outros fatores, a seu custo, prazos de desenvolvimento e uma série de problemas técnicos.
O ministro argumentou que é preciso demasiado tempo e grandes recursos financeiros para assegurar que os aceleradores dos mísseis interceptores caiam nas áreas de lançamento, sem colocar em risco as zonas residenciais.
O Japão aprovou a instalação de dois sistemas Aegis Ashore em seu território em 2017, quando estava sob ameaça dos mísseis norte-coreanos.
A instalação dos sistemas em Akita e Yamaguchi, prevista para 2023, permitiria proteger todo o território do país insular, enquanto o custo, segundo os cálculos, seria de aproximadamente US$ 890 milhões (R$ 4,7 bilhões) por sistema.
A Rússia observou em diversas ocasiões que estes planos do Japão poderiam pôr em causa a estabilidade estratégica na região e dificultar as negociações do tratado de paz, um assunto pendente entre Moscou e Tóquio desde o fim da Segunda Guerra Mundial.