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As autoridades iranianas aprovaram uma medida para solicitar que a Interpol coloque o presidente dos EUA, Donald Trump, no seu programa internacional de alerta vermelho pelo assassinato do general Qassem Soleimani, comunicaram agências iranianas, citando funcionários judiciais.
Qassem Soleimani © AP Photo / Escritório do líder supremo iraniano |
"Foi possível identificar 36 pessoas que participaram nos preparos e estiveram envolvidas no assassinato de Qassem Soleimani, entre elas estão figuras políticas e militares dos EUA e de outros países", disse em comunicado nesta segunda-feira (29) procurador-geral de Teerã Ali Alqasi-Mehr. "No topo da lista está o presidente dos EUA, Donald Trump", acrescentou.
De acordo com o oficial iraniano, as autoridades judiciais do país aprovaram uma resolução para levar essas pessoas à Justiça e apelar para que Interpol emita avisos vermelhos contra os suspeitos.
Se o pedido for aprovado, Interpol irá solicitar para que autoridades policiais em outros países facilitem a busca e a detenção dos suspeitos.
As acusações do Irã contra o presidente Donald Trump e outras pessoas incluem "assassinato" e "atos terroristas", acusações que preveem pena de morte em conformidade com o código penal da República Islâmica.
De acordo com Ali Alqasi-Mehr, Irã prosseguirá com a acusação contra Trump mesmo após o término de seu mandato como presidente.
Segundo informações obtidas nesta segunda-feira (29) pela Sputnik, as regras internas da Interpol não permitem que a organização internacional considere o pedido das autoridades judiciais iranianas para emitir mandado de prisão contra o presidente dos EUA, Donald Trump, e outros possíveis suspeitos na preparação do assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, comentaram na sede da organização em Lyon, na França.
No início de janeiro deste ano, o assassinato do general Qassem Soleimani em um ataque aéreo dos EUA em Bagdá aumentou a crise entre Teerã e Washington. Em retaliação, o Irã atacou bases usadas pelos norte-americanos no Iraque.