Durante a visita a Israel, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, teria pressionado as autoridades locais para não fazerem acordos de cooperação com a China.
Sputnik
A visita, que durou poucas horas ontem (13), seria uma mensagem clara para o pequeno país evitar investimentos chineses em seu território. "O fato de a visita ter se dado nestes tempos problemáticos [referência à crise do coronavírus] prova a sua urgência", disse uma fonte israelense ao portal Breaking Defense.
Contente por estar em Israel para coordenar junto com o primeiro-ministro Netanyahu e Benny Gantz o combate a duas ameaças críticas: a COVID-19 e o Irã. Israel e os EUA estão empenhados nesses desafios lado a lado. |
Durante as conversações com o governo israelense, Pompeo teria pressionado o país a cessar qualquer ação que fortaleça o Partido Comunista da China, incluindo o cancelamento de projetos já planejados em infraestrutura, comunicações, segurança e outros setores entre os dois países, aponta o portal.
Contudo, em sua conta no Twitter, Pompeo afirmou que os objetivos da visita seriam outros.
As boas relações entre Israel e a China têm causado problemas nas relações entre Washington e Jerusalém. No passado, Israel teria cancelado a venda do sistema de segurança aérea Phalcon Airborne Warning System aos chineses sob pressão americana.
Além disso, empresas de comunicação israelenses evitam a aquisição de componentes chineses, de acordo com a mídia.
'Grandes preocupações'
Apesar disso, tais passos não seriam suficientes para Washington.
"A China usa seus recursos para tentar se integrar com muitos projetos de infraestrutura israelenses, especialmente no campo das comunicações e segurança, e isso causa grandes preocupações", disse uma fonte de Israel.
Entre 2012 e 2018, os investimentos do gigante asiático no Oriente Médio tiveram um aumento de 1.700%. Somente em Israel, tais investimentos teriam alcançado US$ 11,4 bilhões (cerca de R$ 67 bilhões).
Um dos projetos que estaria chamando a atenção das entidades de segurança no país seria o controle de um VLT em construção, que passa próximo ao Ministério da Defesa, ao Quartel-General das Forças de Defesa de Israel e ao Comando da Força Aérea do país, no bairro de Kirya, em Tel Aviv.