O porta-voz do comandante-em-chefe das Forças Armadas iraquianas disse no mês passado que Bagdá e Washington deverão debater as condições da retirada completa das tropas dos EUA do Iraque em junho.
Sputnik
Sayed Yasin al-Mousavi, alto clérigo iraquiano, apelou a um esforço maior para que as tropas norte-americanas abandonem o território do Iraque. "Os americanos têm que ser expulsos porque eles não pretendem sair por eles mesmos. Só a resistência pode expulsá-los", disse alto clérigo iraquiano citado pelo portal iraniano Press TV.
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Ele acrescentou ainda que aqueles que se empenham na "continuação da presença dos EUA na região e para que não haja resistência contra ela [presença]" estão na verdade "buscando retardar o fim das injustiças pelo mundo".
Segundo al-Mousavi, é preciso rezar pela expulsão das forças dos EUA do Iraque. Os comentários do clérigo surgem após as palavras de Abdul Karim Khalaf, porta-voz do comandante-em-chefe das Forças Armadas do Iraque, que disse em abril que seu país e os EUA irão "discutir o calendário para a retirada completa das tropas americanas do país durante conversações no mês de junho."
Khalaf salientou ainda que as operações bilaterais de segurança, o treinamento militar das forças iraquianas e a troca de experiências continuarão mesmo após a retirada das tropas dos EUA.
A saída dos militares americanos do Iraque se tornou tema de discussão no país logo após as tensões entre os EUA e Irã voltarem a subir com o assassinato do ex-chefe da Força Quds iraniana, o major-general Qassem Soleimani.
Em 3 de janeiro, os Estados Unidos realizaram um ataque de drone perto do Aeroporto Internacional de Bagdá, no Iraque, que matou Soleimani e o líder da milícia xiita iraquiana Abu Mahdi Muhandis, entre outros.