Com a demissão do segundo ministro da Saúde em menos de um mês, e em meio à epidemia de coronavírus, a ala militar do governo quer ver o secretário-executivo do ministério, general Eduardo Pazuello, em definitivo no cargo, disse à Reuters uma fonte palaciana nesta sexta-feira.
BRASÍLIA (Reuters) - Pazuello não tem qualquer relação com a área, mas foi indicado ao posto de secretário-executivo pelos militares do governo para tocar a área de logística. Ex-comandante da operação Acolhida, de recepção aos imigrantes venezuelanos em Roraima, foi visto como um ótimo administrador.
General Eduardo Pazuello | Divulgação |
“Pazuello tem o apoio de todo mundo. É um craque”, disse a fonte, que pediu anonimato.
De acordo com duas fontes do governo, Pazuello ficará de qualquer forma como interino, e o presidente Jair Bolsonaro deve decidir neste final de semana o nome definitivo para o ministério.
Teich pediu demissão na manhã desta sexta-feira depois de ser cobrado por Bolsonaro para endossar um novo protocolo de uso da cloroquina no início dos sintomas de coronavírus, medicamento que não tem seus efeitos contra a Covid-19 comprovados.
O ministro assumiu dia 17 de abril, depois da demissão de Luiz Henrique Mandetta, e ficou menos de um mês no cargo.