A Força Aérea norte-americana abandonou oficialmente o objetivo colocado pelo ex-secretário de Defesa James Mattis para os caças F-35, F-22 e F-16, segundo o general Charles Q. Brown.
Sputnik
Mattis havia estipulado como objetivo uma taxa de capacidade de missão de 80% para os caças F-35, F-22 e F-16, ou seja, 80% destas aeronaves em serviço dos EUA deveriam estar prontas para entrar em ação em qualquer momento.
KIM JAE-HWAN |
A taxa de capacidade de missão é um termo militar referente à disponibilidade de um equipamento em qualquer momento para executar uma missão.
"A taxa de capacidade de missão dos F-16 alcançou o máximo de 75% em junho de 2019, a dos F-22 chegou ao máximo de 68% em abril de 2019 e a dos F-35 subiu para 74% em setembro de 2019", observou o general da Força Aérea dos EUA, Charles Q. Brown.
No entanto, os dados obtidos pelo portal Defence News revelaram que as taxas de disponibilidade desses três caças estavam muito abaixo dos 80%, estipulados em outubro de 2018 pelo ex-secretário de Defesa, James Mattis.
Ao mesmo tempo, os F-35 foram as aeronaves que mostraram um maior aumento na taxa entre 2018 e 2019.
A taxa de capacidade de missão do F-35 aumentou de 50 para 62%, já o caça F-16C passou de 70 para 73%, enquanto o F-16D passou de 66 para 70%. Por fim, o caça F-22 passou de 52 para 51%.
Depois de não cumprir a meta de Mattis no ano fiscal de 2019, o Pentágono decidiu renová-la para o mesmo período de 2020, segundo Brown.
"Manter nossas frotas envelhecidas é difícil e dispendioso, estudamos continuamente as tecnologias emergentes, as melhores práticas comerciais e outros métodos para reduzir os custos de manutenção da nossa Força Aérea", destacou o oficial norte-americano.
Agora, ao invés de tentar cumprir a meta de Mattis, os comandantes da Força Aérea dos EUA tentam implementar uma nova "meta de manutenção estratégica", que busca incrementar a disponibilidade dos caças, melhorando a rede de oficinas onde fazem a manutenção, afirma o oficial.
Questionado recentemente por uma senadora, Brown afirmou acreditar que a Força Aérea dos EUA tem uma frota suficiente para realizar a estratégia de Defesa Nacional.
"A curto prazo, acredito que sim, porém ainda temos que ser capazes de chegar a 386 esquadrões. Qualquer número inferior a esse gera risco", ressaltou.
A falta de aviões estaria sendo compensada pelo melhor uso de veículos aéreos não tripulados, como é o caso do drone XQ-58 Valkyrie, um dos sistemas que os EUA poderão utilizar em conjunto com seus caças de quinta geração para incrementar seu alcance, sua vigilância e capacidade de lançar ataques, concluiu.