As Forças Armadas finlandesas teriam recebido instruções para favorecer o avião de quinta geração da Lockheed Martin, apesar de ser significativamente mais caro que seus concorrentes.
Sputnik
A liderança sênior das Forças Armadas foi acusada de favorecer o avião F-35 da empresa norte-americana Lockheed Martin na competição em curso para a modernização da frota de caças da Finlândia.
O ex-comandante das Forças Armadas Jarmo Lindberg teria alegadamente instruído seus subordinados para garantir que a escolha no concurso recaísse sobre o F-35, noticiou o jornal finlandês Suomen Kuvalehti, citando fontes anônimas.
O avião norte-americano
O F-35 é comercializado como um caça de quinta geração com características furtivas e tecnologia de sensores avançada. Os custos operacionais do avião são geralmente considerados mais elevados em comparação com os outros concorrentes e a questão é se a aquisição da Finlândia seria viável a longo prazo.
Segundo fontes do Suomen Kuvalehti, o F-35 é significativamente mais caro de operar do que os outros concorrentes, uma vez que o país usuário se compromete a pagar uma taxa fixa anual cobrindo serviço de manutenção e peças de reposição. O contrato é semelhante a um arrendamento e, em última análise, se torna desproporcionadamente caro.
Suomen Kuvalehti também entrevistou anonimamente membros da comissão parlamentar de defesa, que admitiram não ter recebido informações suficientes sobre os detalhes da importação, tais como os custos operacionais dos jatos.
Tanto o próprio Jarmo Lindberg como outros membros da equipe de defesa refutaram as informações do Suomen Kuvalehti. O diretor do programa do Ministério da Defesa descreveu as alegações como "absurdas".
Puranen confirmou que a Lockheed Martin tem um modelo de manutenção e custos operacionais que difere dos outros quatro candidatos, mas se recusou a entrar em detalhes, pois as negociações com os fabricantes de aviões ainda estão em curso.
"Nosso objetivo é negociar um acordo tão favorável quanto possível", disse Puranen à emissora nacional Yle.
O custo final para os cinco tipos de aviões não será fixado até a rodada final de oferta vinculativa, que está programada para começar no final do ano. Puranen e seus colegas conduzirão uma rodada final de negociações com os cinco fabricantes durante a segunda metade do ano.
Novos caças finlandeses
Lockheed Martin é um dos cinco fabricantes de aviões de caça que disputam o contrato de até US$ 10 bilhões (R$ 58,5 bilhões) para substituir a frota de aviões de caça finlandeses, que está envelhecendo.
Na chamada Competição HX da Finlândia, o F-35 da Lockheed Martin enfrenta o Super Hornet da Boeing, o Typhoon da Eurofighter, o Gripen da Saab e o Rafale da Dassault.
A atual pandemia do coronavírus teria colocado um freio nas negociações, uma vez que estas conversações só se realizam cara a cara devido à natureza sensível dos assuntos discutidos.
De acordo com a fonte, tanto Lindberg como outros altos cargos militares tentaram ignorar e minimizar os lados mais fracos do F-35 em vários relatórios e outros contextos, ao mesmo tempo que enfatizavam as fraquezas dos outros quatro candidatos.
Jarmo Lindberg deixou seu posto de comando no verão de 2019, mas em abril de 2020 veio à tona o fato de ele ter assinado um acordo de consultoria com a montadora Lockheed Martin. Apenas dias depois, a empresa rescindiu o contrato por causa de lobbying.
Jarmo Lindberg deixou seu posto de comando no verão de 2019, mas em abril de 2020 veio à tona o fato de ele ter assinado um acordo de consultoria com a montadora Lockheed Martin. Apenas dias depois, a empresa rescindiu o contrato por causa de lobbying.
O avião norte-americano
O F-35 é comercializado como um caça de quinta geração com características furtivas e tecnologia de sensores avançada. Os custos operacionais do avião são geralmente considerados mais elevados em comparação com os outros concorrentes e a questão é se a aquisição da Finlândia seria viável a longo prazo.
Segundo fontes do Suomen Kuvalehti, o F-35 é significativamente mais caro de operar do que os outros concorrentes, uma vez que o país usuário se compromete a pagar uma taxa fixa anual cobrindo serviço de manutenção e peças de reposição. O contrato é semelhante a um arrendamento e, em última análise, se torna desproporcionadamente caro.
Suomen Kuvalehti também entrevistou anonimamente membros da comissão parlamentar de defesa, que admitiram não ter recebido informações suficientes sobre os detalhes da importação, tais como os custos operacionais dos jatos.
Tanto o próprio Jarmo Lindberg como outros membros da equipe de defesa refutaram as informações do Suomen Kuvalehti. O diretor do programa do Ministério da Defesa descreveu as alegações como "absurdas".
Puranen confirmou que a Lockheed Martin tem um modelo de manutenção e custos operacionais que difere dos outros quatro candidatos, mas se recusou a entrar em detalhes, pois as negociações com os fabricantes de aviões ainda estão em curso.
"Nosso objetivo é negociar um acordo tão favorável quanto possível", disse Puranen à emissora nacional Yle.
O custo final para os cinco tipos de aviões não será fixado até a rodada final de oferta vinculativa, que está programada para começar no final do ano. Puranen e seus colegas conduzirão uma rodada final de negociações com os cinco fabricantes durante a segunda metade do ano.
Novos caças finlandeses
Lockheed Martin é um dos cinco fabricantes de aviões de caça que disputam o contrato de até US$ 10 bilhões (R$ 58,5 bilhões) para substituir a frota de aviões de caça finlandeses, que está envelhecendo.
Na chamada Competição HX da Finlândia, o F-35 da Lockheed Martin enfrenta o Super Hornet da Boeing, o Typhoon da Eurofighter, o Gripen da Saab e o Rafale da Dassault.
A atual pandemia do coronavírus teria colocado um freio nas negociações, uma vez que estas conversações só se realizam cara a cara devido à natureza sensível dos assuntos discutidos.