O Departamento de Defesa dos Estados Unidos solicitou que o México permita a reabertura de certas fábricas que foram fechadas devido à pandemia do novo coronavírus.
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A cadeia de abastecimento para as fabricantes de equipamentos de defesa nos EUA, principalmente as do setor aeronáutico, foi interrompida, visto que o governo mexicano não classificou as fábricas dos setores aeroespacial e de defesa como essenciais ao declarar situação de emergência sanitária no final de março.
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A subsecretária de Defesa para aquisição e manutenção, Ellen Lord, declarou na segunda-feira (20) a jornalistas no Pentágono já ter discutido essa questão com o embaixador dos EUA no México, Christopher Landau, aponta jornal Business Insider.
Além disso, Ellen Lord afirmou que planeja escrever ao ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, pedindo "ajuda para reabertura das fornecedoras internacionais" no México.
"Estas empresas são especialmente importantes para a produção de fuselagens de aeronaves dos EUA. [A situação no] México está agora um tanto problemática para nós, mas estamos resolvendo o assunto através das nossas embaixadas", comentou Lord.
Entre as empresas que têm fábricas no México e fornecem produtos destinados à aplicação aeroespacial para os Estados Unidos estão General Electric, Honeywell, Lockheed Martin e Eurocopter.
Exportações aeroespaciais do México aumentou consideravelmente nos últimos 15 anos de US$ 1,3 bilhão em 2004 para US$ 9,6 bilhões em 2019, segundo dados da Federação Mexicana da Indústria Aeroespacial (FEMIA).
Luis Lizando, diretor-geral da FEMIA, declarou ao portal Defense News que México está no Top 10 de fornecedores estrangeiros para os setores aeroespacial e de defesa dos EUA. Uma ampla variedade de produtos, incluindo aviônica, trens de pouso e fuselagens, é fabricada em solo mexicano.