Às véspera da terceira eleição em Israel em um ano, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, vem pedindo aos seus apoiadores que deem um empurrão final para ganhar um ou dois assentos a mais no Parlamento que ele considera necessários para formar um governo.
Por Rami Ayyub | Reuters
NAZARÉ, Israel - Mas, enquanto faz campanha, outra força na política israelense — a minoria árabe — espera utilizar a nova onda de descontentamento contra o líder direitista e seus aliados dos EUA para evitar a aritmética eleitoral do outro lado.
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Os legisladores árabes estão pedindo que suas comunidades compareçam às urnas em número cada vez maior no próximo dia 2 de março para mostrar sua oposição ao novo plano de paz — apelidado de “Acordo do Século” — apresentado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em janeiro.
A reprovação entre os árabes de Israel se concentrou em uma parte específica desse plano, um redesenho proposto de fronteiras que colocaria algumas cidades e vilas árabes fora de Israel e na área designada para um futuro Estado palestino.
“Há alguém por trás desse plano: Benjamin Netanyahu”, disse Ayman Odeh, chefe da coalizão Joint List, dominada pelos árabes.
“Precisamos derrubá-lo, ele que é o nosso maior agitador, a pessoa por trás do Acordo do Século”, acrescentou Odeh durante parada em Taibe, uma vila que pode ser retirada de Israel sob o plano de Trump.
Pesquisas mostram o Likud, de Netanyahu, virtualmente empatado com o partido Azul e Branco do líder centrista Benny Gantz.