Mais de 4.000 tropas americanas e dos Emirados Árabes simularam ataque contra cidade fictícia montada no deserto do país árabe.
Sputnik
A cidade, localizada na base militar de Al-Hamra, cerca de 200 km a sudoeste da capital Abu Dhabi, é composta por uma torre de controle de tráfego aéreo, refinaria de petróleo, mesquita, assim como diversos prédios.
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Fuzileiros navais americanos desembarcando em píer montado durante exercícios com forças dos Emirados Árabes em 23 de março de 2020 | © AP PHOTO / JON GAMBRELL |
Durante o exercício, grupos de soldados foram transportados de helicóptero até à "zona de guerra", enquanto tropas americanas ficaram encarregadas de "limpar" as estreitas ruas da cidade, publicou o portal Military.com.
Explosões controladas foram ouvidas durante a ação.
Para além disso, foi montado um píer de desembarque para os fuzileiros navais americanos.
As tropas envolvidas, incluindo militares do país árabe, fuzileiros navais e soldados do Exército americano, somaram cerca de 4.000 homens.
'Exercício não provocativo'
A ação se deu enquanto os EUA e o Irã protagonizam tensões no Oriente Médio.
Segundo a mídia, o local do exercício fica a cerca de 300 km do litoral iraniano.
No entanto, o general-brigadeiro americano Thomas Savage, que esteve à frente do exercício, declarou:
"Provocativo? Eu não sei [...] Nós estamos engajados na estabilidade da região. Se eles [os iranianos] veem isso como provocativo, bom, isso é da conta deles. Isso é um simples treinamento para nós."
A opinião do militar também foi compartilhada pelo embaixador americano John Rakolta Jr.
"Não acredito que tenham a intenção de demonstrar um ato provocativo aos iranianos para dizer que estamos vindo" [...] Ao contrário, estamos nos protegendo e queremos nos sentar em uma mesa e negociar uma paz duradoura", afirmou o diplomata.
Coronavírus
Ao que tudo parece, o exercício também ignorou a pandemia mundial do coronavírus, a qual já comprometeu os últimos exercícios da OTAN na Europa.
Ao que tudo parece, o exercício também ignorou a pandemia mundial do coronavírus, a qual já comprometeu os últimos exercícios da OTAN na Europa.