O governo dos Estados Unidos afirmou nesta noite que está estudando a melhor forma de apoiar sua aliada Turquia após um ataque das forças de Damasco que matou mais de 30 militares turcos na região síria de Idlib.
Sputnik
"Nós apoiamos a Turquia, nossa aliada na OTAN, e continuamos a pedir o fim imediato dessa ofensiva desprezível do regime de [Bashar] Assad, da Rússia e das forças apoiadas pelo Irã", disse um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano citado pela AFP. "Estamos analisando opções de como podemos apoiar melhor a Turquia nessa crise".
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Mais cedo, ao menos 33 soldados turcos foram mortos em um ataque das Forças Armadas da Síria na província de Idlib, realizado na sequência da derrubada de um drone turco que violou o espaço aéreo do país para, segundo Damasco, atacar posições do Exército Sírio na província.
Após o incidente, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, convocou uma reunião de emergência para discutir uma retaliação às forças sírias, prometendo uma resposta "múltipla". De acordo com o Daily Sabah, essa resposta já teria sido dada, com ataques de mísseis a alvos sírios não apenas em Idlib, mas também em Hama, Latakia e Aleppo. Não há confirmação oficial até o momento.
A Turquia vem realizando intervenções não autorizadas no território sírio desde meados de 2016, se aliando a militantes locais a fim de defender seus interesses ao longo da fronteira entre os dois países. A atual ofensiva, lançada em outubro passado, tem como objetivo enfraquecer movimentos armados curdos localizados no norte da Síria, considerados terroristas por Ancara.
Damasco, por sua vez, considera ilegal a presença de tropas turcas no território sírio e, recentemente, as forças sírias vêm realizando ataques contra os militares turcos no país. Em Idlib, precisamente, as forças leais ao governo do presidente Bashar Assad vêm realizando uma ofensiva desde abril de 2019 a fim de retomar o controle de áreas ainda sob domínio de grupos rebeldes e jihadistas.