Representante dos EUA para a Venezuela advertiu Caracas de qualquer ação contra o oposicionista Juan Guaidó, dizendo ainda que o apoio de Moscou ao país caribenho terá consequências.
Sputnik
A declaração do representante americano para a Venezuela, Elliott Abrams, se deu quando o líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó se prepara para retornar ao seu país, após se encontrar com lideranças mundiais em busca de apoio.
Nicolás Maduro e Vladimir Putin © Sputnik / Aleksei Druzhinin |
Ontem (6), Elliott Abrams reforçou mais uma vez o apoio dos EUA a Guaidó quando este se encontrou com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.
"Esperamos que [Juan Guaidó] possa regressar [à Venezuela] sem ser incomodado. E esperamos que o regime calcule, especialmente após esta viagem [de Guaidó], que o apoio a ele é forte e que qualquer ação contra ele seria um erro para o regime", disse Abrams, citado pela agência AFP.
Advertência à Rússia
A Rússia também foi alvo advertência por parte de Abrams, embora ele não tenha especificado quais as ações que os EUA tomariam contra Moscou por seu apoio a Maduro.
"A Rússia poderá descobrir em breve que seu apoio contínuo a Maduro não ficará de graça [...] No geral, vocês vão ver passos nas próximas semanas que demonstram o quão sérias são nossas intenções em relação à Venezuela", declarou.
Anteriormente, o conselheiro de Segurança Nacional do presidente americano, Robert O'brien, declarou que os EUA estão prontos para tomar medidas contra a petroleira russa Rosneft, caso esta não mude sua política em relação à Venezuela.
'Estamos acostumados'
Conhecendo as declarações do governo americano, o chanceler russo, Sergei Lavrov, disse, em visita ao México, que "já ouviu estas costumeiras ameaças de Washington de castigar todo mundo que coopera com a Venezuela. Já estamos acostumados."