O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está reunido com o ministro das Relações Exteriores da Rússia nesta sexta-feira, conforme Moscou segue apoiando o governo da nação socialista sul-americana apesar dos alertas de Washington de que pode aumentar as sanções.
CARACAS - Sergei Lavrov chegou a Caracas na quinta-feira poucas horas depois de o Departamento de Estado norte-americano insinuar que seu programa de sanções contra a Venezuela pode começar a visar a Rússia, cujas petroleiras vêm ajudando Maduro ao comprar grande parte do petróleo cru do país-membro da Opep.
Chanceler russo, Sergey Lavrov, se reúne com seu colega venezuelano, Jorge Arreaza 07/02/2020 REUTERS/Fausto Torrealba |
A assistência russa pode ser decisiva para Maduro intensificar a produção petrolífera e ressuscitar o crescimento econômico depois de uma surpreendente abertura econômica no ano passado, na sequência de anos de hiperinflação e um êxodo migratório de cerca de 5 milhões de pessoas.
Lavrov deve se encontrar com Maduro, com a vice-presidente, Delcy Rodríguez, e o chanceler Jorge Arreaza.
Nesta semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu na Casa Branca com o líder da oposição Juan Guaidó, que é reconhecido por mais de 50 países como presidente venezuelano legítimo.
E na quinta-feira, o representante especial dos EUA para a Venezuela, Elliott Abrams, alertou que o apoio da Rússia ao governo Maduro pode “não sair mais de graça”.
Lavrov, que estava no México como parte de uma turnê por nações latino-americanas, criticou na quinta-feira as “provocações” norte-americanas e disse que Washington busca um pretexto para uma intervenção militar.