Desde há três meses, os bombardeamentos têm sido implacáveis na província de Idlib, no noroeste da Síria. Está sob ataque das forças do Presidente Bashar al-Assad que tentam recuperar o território.
De Luis Guita | Euronews
Mas nas últimas 48 horas, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, houve um aumento nas hostilidades.
Os bombardeamentos atingiram escolas e hospitais. Dezenas de civis foram mortos, entre eles crianças.
A campanha militar do regime, apoiada pela Rússia, obrigou quase um milhão de pessoas a fugirem de casa e enfrentarem temperaturas negativas.
"Eles queimam as próprias roupas para aquecer os filhos. Por outras palavras, Idlib está prestes a ser a situação humanitária mais catastrófica da história. Quatro milhões de pessoas sem futuro, quatro milhões de pessoas sem ter por onde escapar. As forças de Assad e as forças russas estão próximas, e a morte está muito próxima deles," afirma um voluntário dos "Capacetes Brancos", Ishmael Alabdullah.
A Turquia apoia os rebeldes e exige que as forças de Assad recuem para atrás da linha dos seus postos de observação até ao fim de semana ou serão forçados a isso "de um jeito ou de outro".
"Não vamos recuar um único passo em Idlib. Vamos certamente empurrar o regime para fora das linhas de fronteiras que designámos e garantiremos o regresso da população às suas casas," declarou o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
Os postos de observação foram criados como parte do acordo de Sochi de 2018, que estabeleceu uma zona de contenção perto da fronteira da Turquia. No entanto, isso não conseguiu impedir o avanço das forças de Assad.
Enquanto Turquia e Rússia iniciavam uma terceira ronda de negociações em Ancara, com o objetivo de reduzir as tensões na região, dezenas de milhares de refugiados sírios continuavam numa luta pela sobrevivência.