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28 fevereiro 2020

Após perder soldados na Síria, Turquia decide deixar refugiados entrarem livremente na Grécia

Há cerca de 3,5 milhões de refugiados sírios na Turquia, e o país ameaça não restringir mais a passagem deles para a União Europeia.


Por G1

Autoridades policiais e de fronteira da Turquia estão permitindo a passagem de refugiados sírios para os países europeus que fazem fronteira com o país, principalmente para a Grécia, segundo informou um alto funcionário turco à agência Reuters nesta sexta-feira (28).

Refugiados na Turquia caminham para a fronteira perto da cidade grega de Kastanies, em 28 de fevereiro de 2020 — Foto: Huseyin Aldemir/Reuters
Refugiados na Turquia caminham para a fronteira perto da cidade grega de Kastanies, em 28 de fevereiro de 2020 — Foto: Huseyin Aldemir/Reuters

A Turquia decidiu não impedir os imigrantes sírios de chegar à Europa via terrestre ou marítima um dia depois dos ataques que mataram 33 soldados turcos na província síria de Idlib.

As mortes aumentaram as tensões entre Ancara e Moscou. Foi o incidente mais sério no conflito entre forças turcas e sírias, e essas últimas são apoiadas pelos russos.

Foi a maior perda de soldados em um único dia desde o início da intervenção turca na Síria, em 2016. Enviados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) fizeram encontros de emergência a pedido da Turquia.

Além disso, os presidentes da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e da Rússia, Vladimir Putin, conversaram por telefone nesta sexta (28).

Turquia abriga 3,5 milhões de refugiados sírios

A Turquia abriga cerca 3,5 milhões refugiados sírios. Há tempos o presidente Erdogan ameaça “abrir os portões” para que parte deles consigam ir para a Europa, a não ser que os turcos recebam mais apoio.

Levas de imigrantes começaram a se deslocar para a fronteira da Turquia com a Grécia. Eles buscam entrar na Europa, depois que a Turquia afirmou não ser mais capaz de segurar os refugiados.

Os refugiados, enquanto isso, se dirigem à fronteira com a Grécia. Eles tomaram miniônibus e taxis de Istambul. Dúzias aguardavam no lado turco da fronteira em Pazarkule. Há dúzias em uma região fronteiriça que não pertence a nenhum dos países.

Outros refugiados se dirigiram ao litoral da Turquia para tentar chegar às ilhas gregas, que ficam próximas.

Nesta sexta-feira (28) foram vistos barcos de borracha navegando em direção à ilha de Lesbos, aparentemente vindos de Ayvacik, na Turquia.

Um agente da polícia grega afirmou que os refugiados, do lado turco, gritam “abram as fronteiras”. A patrulha da Grécia foi empregada para tentar impedir a passagem.

Eles chegaram a usar bombas de gás para que os refugiados recuassem na região de Kastinies. O policial falou sob condição de anonimato, porque eles não têm autorização para falar com a imprensa.

O movimento de refugiados vai aumentar, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Turquia, Hami Aksoy, se a situação em Idlib, na Síria, piorar.

“Algumas pessoas que buscam asilo no nosso país, preocupadas com os acontecimentos, começaram a se deslocar em direção à fronteira oeste. Se a situação piorar, esse risco vai continuar a aumentar”, ele afirmou.

No entanto, disse que “não há mudança” na política de imigração turca.

Bulgária também se prepara

A Bulgária está reforçando a sua segurança na fronteira com a Turquia para impedir um fluxo de imigrantes.

O primeiro-ministro Boyko Borissov afirmou que vai empregar “unidades do exército, guarda nacional e policiais” na região. Ele afirmou que há uma ameaça real de uma nova onda de imigrantes vindos da Turquia.

Disputa em Idlib

A crise na fronteira da Turquia com a União Europeia decorre de uma campanha militar do governo sírio, apoiado pela Rússia, para retomar a província de Idlib, na Síria.

Esse é o último reduto de rebeldes sírios, contrários ao regime de Bashar Al-Assad. A ofensiva, iniciada em 1º de dezembro, desencadeou a maior onda de deslocamento na guerra de nove anos na Síria, e em decorrência dela, quase 950 mil pessoas fugiram para áreas próximas à Turquia.

Ancara fez um acordo em 2016 com a União Europeia no qual concordou em intensificar os esforços para interromper o fluxo de refugiados.

Desde o começo de fevereiro, 54 soldados turcos morreram em Idlib.
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