Mike Pence acusou general iraniano morto pelos EUA de ter ajudado 10 terroristas que executaram ataques às torres gêmeas a fazer viagem clandestina.
France Presse
O vice-presidente americano, Mike Pence, vinculou na sexta-feira (3) o general iraniano Qasem Soleimani, morto em um bombardeio americano no Iraque, aos responsáveis pelos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. A afirmação foi feita no Twitter e é apontada como duvidosa pela imprensa.
O vice-presidente dos EUA, Mike Pence — Foto: Luisa Gonzales/Reuters |
Soleimani "ajudou na viagem clandestina para o Afeganistão de 10 dos 12 terroristas que executaram os ataques do 11 de Setembro", afirmou Pence no tuíte, em meio a uma série de mensagens para justificar a decisão americana de matar o general.
Os atentados do 11 de Setembro foram realizados por 19 sequestradores de aviões, assinalou em seguida sua porta-voz, Katie Waldman, afirmando que Pence se referiu aos 12 deles que "transitaram pelo Afeganistão" e repetiu que "10 destes 12 foram ajudados por Soleimani".
Mas o "New York Times" destacou que Soleimani – que já dirigia a força Qods dos Guardiões da Revolução – não é "citado em nenhum momento" nos relatórios da comissão da investigação parlamentar americana do 11 de Setembro.
O relatório explica que, "embora existam fortes provas de que o Irã permitiu o trânsito de membros da Al-Qaeda pelo Afeganistão antes do 11 de Setembro", os investigadores não encontraram "nenhuma prova de que o Irã estivesse a par da preparação dos atentados".
Desta forma, "é tecnicamente correto dizer que o Irã ajudou em sua viagem", e não dar a impressão de que aquele país estava "conscientemente ajudando no que foi o ataque do 11 de Setembro", analisou o "Washington Post".
Além disso, 15 dos 19 autores dos atentados eram cidadãos sauditas, uma monarquia sunita, grande rival do Irã, xiita.
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