Thomas B. Modly, secretário interino da Marinha dos EUA, nomeou o futuro porta-aviões da classe “Ford” como USS Doris Miller (CVN 81) durante cerimônia em Pearl Harbor, Havaí, em 20 de janeiro, no Dia de Martin Luther King, Jr.
Poder Naval
Doris “Dorie” Miller era um taifeiro afro-americano que heroicamente entrou em combate durante o bombardeio de Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941. Ele marca a primeira vez que um porta-aviões foi batizado em homenagem a um afro-americano e a primeira vez que um marinheiro foi homenageado por ações em combate.
Em 1941, aos 22 anos de idade, Miller servia no USS West Virginia. Naquela época, os marinheiros negros eram designados para funções no ramo de limpeza e arrumação – trabalho que envolvia esfregar conveses, cozinhar e engraxar sapatos de oficiais.
Ele tinha acordado às 6 da manhã e estava coletando roupas quando o ataque japonês começou e um alarme soou no navio. Miller foi para o paiol de baterias antiaéreas, mas ele já havia sido destruído por danos causados por torpedos.
Ele foi então para o convés, onde foi designado para transportar seus camaradas feridos, incluindo o capitão do navio. Miller era forte: um ex-jogador de futebol americano do ensino médio em Waco, Texas e também campeão de boxe dos pesos pesados do navio.
“Miller foi até os conveses superiores do navio, carregou feridos nos ombros, fez várias viagens para cima e para baixo, percorrendo corredores com água pela cintura e conveses escorregadios com óleo”, disse o almirante John Fuller, em 2016.
O jovem marinheiro então pegou uma metralhadora antiaérea de calibre 50 e disparou até a munição acabar. Ele nunca tinha sido treinado na arma.
“Não foi difícil”, lembrou, de acordo com uma história da Marinha. “Eu apenas apertei o gatilho e ela funcionou bem. Eu tinha visto outros usando essas armas. Acho que a usei por cerca de 15 minutos. Acho também que peguei um daqueles aviões japoneses. Eles estavam mergulhando bem perto de nós”.
O oficial de comunicações do navio, capitão de corveta Doir C. Johnson disse que Miller estava “atirando como se tivesse atirado a vida toda”, segundo o Navy Times.
O USS West Virginia foi fortemente danificada no ataque. Aviões japoneses lançaram bombas blindadas e vários torpedos contra o navio, que afundou lentamente. Cem homens a bordo morreram naquele dia.
Por sua bravura, Miller recebeu a Cruz da Marinha em maio de 1942. Ele foi o primeiro marinheiro negro a receber a medalha, uma das maiores honras da Força Naval.
“Isso marca a primeira vez neste conflito que um tributo tão alto foi feito na frota do Pacífico a um membro de sua raça e tenho certeza de que o futuro verá outros igualmente homenageados por atos corajosos”, disse o almirante Chester Nimitz, o comandante da frota do Pacífico dos EUA, na época.
Miller ganhou fama e foi trazido para casa em novembro de 1942 para uma turnê de dois meses para promover títulos de guerra. Sua imagem foi usada em um pôster de recrutamento da Marinha.
Ele tinha acordado às 6 da manhã e estava coletando roupas quando o ataque japonês começou e um alarme soou no navio. Miller foi para o paiol de baterias antiaéreas, mas ele já havia sido destruído por danos causados por torpedos.
Ele foi então para o convés, onde foi designado para transportar seus camaradas feridos, incluindo o capitão do navio. Miller era forte: um ex-jogador de futebol americano do ensino médio em Waco, Texas e também campeão de boxe dos pesos pesados do navio.
“Miller foi até os conveses superiores do navio, carregou feridos nos ombros, fez várias viagens para cima e para baixo, percorrendo corredores com água pela cintura e conveses escorregadios com óleo”, disse o almirante John Fuller, em 2016.
O jovem marinheiro então pegou uma metralhadora antiaérea de calibre 50 e disparou até a munição acabar. Ele nunca tinha sido treinado na arma.
“Não foi difícil”, lembrou, de acordo com uma história da Marinha. “Eu apenas apertei o gatilho e ela funcionou bem. Eu tinha visto outros usando essas armas. Acho que a usei por cerca de 15 minutos. Acho também que peguei um daqueles aviões japoneses. Eles estavam mergulhando bem perto de nós”.
O oficial de comunicações do navio, capitão de corveta Doir C. Johnson disse que Miller estava “atirando como se tivesse atirado a vida toda”, segundo o Navy Times.
O USS West Virginia foi fortemente danificada no ataque. Aviões japoneses lançaram bombas blindadas e vários torpedos contra o navio, que afundou lentamente. Cem homens a bordo morreram naquele dia.
Por sua bravura, Miller recebeu a Cruz da Marinha em maio de 1942. Ele foi o primeiro marinheiro negro a receber a medalha, uma das maiores honras da Força Naval.
“Isso marca a primeira vez neste conflito que um tributo tão alto foi feito na frota do Pacífico a um membro de sua raça e tenho certeza de que o futuro verá outros igualmente homenageados por atos corajosos”, disse o almirante Chester Nimitz, o comandante da frota do Pacífico dos EUA, na época.
Miller ganhou fama e foi trazido para casa em novembro de 1942 para uma turnê de dois meses para promover títulos de guerra. Sua imagem foi usada em um pôster de recrutamento da Marinha.
O almirante Chester W.Nimitz, comandante-em-chefe da Frota do Pacífico dos EUA, entrega a Cruz da Marinha para Doris Miller, em uma cerimônia a bordo de um navio de guerra da Marinha dos EUA em Pearl Harbor, em 27 de maio de 1942 |
Infelizmente, Miller não sobreviveu à guerra. Ele estava a bordo do porta-aviões de escolta (CVE) USS Liscome Bay quando este foi atingido por um torpedo japonês no Pacífico, em 1943. Quase 650 dos mais de 900 marinheiros a bordo morreram quando o navio afundou, e o corpo de Miller nunca foi recuperado.
Ele recebeu a Purple Heart, entre outras medalhas.
Logo após a morte de Miller, a Marinha iniciou um pequeno programa de treinamento de oficiais para marinheiros negros. Em março de 1944, a Marinha incorporou seus primeiros oficiais negros, conhecidos como Golden Thirteen (Treze de Ouro).
O USS Doris Miller será o quarto porta-aviões da classe “Gerald R. Ford” |
Ao batizar o porta-aviões como Miller, diz o secretário interino da Marinha Thomas B. Modly: “honramos as contribuições de todas as nossas fileiras alistadas, passado e presente, homens e mulheres, de todas as raças, religiões e origens. Dr. Martin Luther King Jr. observou: ‘Todo mundo pode ser grande – porque qualquer um pode servir’. Ninguém entende a importância e o verdadeiro significado do serviço mais do que aqueles que se ofereceram para colocar as necessidades dos outros acima de si mesmos”.
“Doris Miller defendeu tudo o que é bom em nossa nação”, disse Modly, “e sua história merece ser lembrada e repetida onde quer que nosso pessoal continue servindo hoje”.
FONTE: NPR / US Navy
NOTA DO EDITOR: Doris Miller foi representado pelo ator Cuba Gooding Jr. no filme Pearl Harbor de 2001, dirigido por Michael Bay.
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