O jornal New York Times comunicou que presidente americano Donald Trump autorizou o assassinato do general iraniano contrariando o Departamento de Defesa dos EUA.
Sputnik
Segundo a mídia, citando fontes do Pentágono e da administração dos EUA, funcionários do departamento militar propuseram ao líder norte-americano liquidar o major-general iraniano Qassem Soleimani, mas considerando a ação como "a medida mais extrema" e duvidando que ele tomasse essa decisão.
Militares com o caixão do general Qassem Soleimani após chegada no aeroporto de Ahvaz, 5 de janeiro de 2020 © AFP 2019 / HOSSEIN MERSADI / FARS NEWS |
No dia 28 de dezembro, Trump, em vez de mandar eliminar fisicamente o general iraniano, ordenou à Força Aérea americana que atacasse as posições do movimento xiita Kata'ib Hezbollah no Iraque, perto da fronteira com a Síria. Esse ataque, no dia 30 de dezembro, provocou protestos em massa em frente à embaixada americana em Bagdá.
Na quinta-feira (2), Trump então optou pela medida extrema, o que, como se observa no artigo, "abalou" os funcionários do Pentágono.
As fontes da publicação informaram que a inteligência comunicou sobre ameaças às embaixadas, consulados e militares americanos na Síria, Iraque e Líbano, já que Soleimani havia visitado recentemente suas unidades militares nesses países e supostamente planejava um ataque "inevitável".
Entretanto, alguns funcionários afirmaram que as movimentações do general iraniano morto eram "normais".
De acordo com a inteligência americana, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, pediu a Soleimani que voltasse a Teerã e não teria consentido a realização de um ataque antiamericano, escreve a mídia.
Além disso, o jornal ressalta que entre os apoiantes das medidas radicais estavam o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e o vice-presidente dos EUA, Mike Pence.
Neste domingo (5), Trump disse através do Twitter que estava pronto para atacar com um "golpe rápido e forte" contra 52 alvos no Irã, no caso de um ataque contra os americanos.
Morte do general iraniano em Bagdá
As tensões entre Washington e Teerã aumentaram após a morte do general iraniano Qassem Soleimani, que foi assassinado em Bagdá na sexta-feira (3) durante um ataque aéreo autorizado pelo presidente norte-americano Donald Trump.
O ataque também matou Abu Mahdi al-Muhandis, um dirigente das Forças de Mobilização Popular Shia do Iraque. Os Estados Unidos alegaram que os dois oficiais estavam por trás do cerco à Embaixada dos EUA no Iraque no dia 31 de dezembro de 2019.
Segundo o ministro da Defesa iraniano Amir Khatami, Teerã dará uma "resposta esmagadora" aos que estão por trás do assassinato do general.
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