Representante da Coreia do Norte declarou que o país pode precisar de "tomar um novo rumo", caso os EUA "persistam" na imposição de sanções contra Pyongyang.
Sputnik
Nesta terça-feira (21), um representante da Coreia do Norte declarou que o país não se sente obrigado a nenhuma restrição na área de testes nucleares ou de lançamento de mísseis balísticos intercontinentais.
Diplomata norte-coreano Yong Chol aparece em foto com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em reunião em hotel em Washington, em janeiro de 2019 © AP PHOTO / CAROLYN KASTER |
"Não encontramos nenhuma razão para estarmos obrigados a observar unilateralmente compromissos que a outra parte não honra", declarou Ju Yong Chol, diplomata da missão da Coreia do Norte nas Nações Unidas em Genebra, durante uma reunião da Conferência sobre o Desarmamento organizada pela ONU.
O diplomata lembrou que os EUA ignoraram o prazo estipulado por Pyongyang para a retomada das negociações bilaterais, que expirou no final de 2019, reportou a Reuters.
Para Ju, os EUA estariam impondo "as sanções mais brutais e desumanas" contra a Coreia do Norte.
"Se os EUA persistirem com essa política hostil [de sanções] em relação à Coreia do Norte, nunca haverá desnuclearização na península coreana", declarou.
O diplomata avaliou que a Coreia do Norte deverá repensar a sua estratégia, considerando as novas circunstâncias.
"Se os EUA tentarem impor demandas unilaterais e persistirem na [política de] imposição de sanções, a Coreia do Norte pode se ver forçada a tomar um novo rumo", concluiu Ju.
A Conferência sobre o Desarmamento é um órgão permanente da Organização das Nações Unidas localizado em Genebra, na Suíça, e voltado para o debate sobre controle de armas, redução de orçamentos militares e não proliferação.
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