O secretário de Estado Mike Pompeo deixou claro nesta segunda-feira que os Estados Unidos não planejam uma intervenção militar na Venezuela, embora tenha dito que Nicolás Maduro deixará o governo em breve, em discurso nesta segunda-feira, em que se referiu à América Latina como um "quintal".
France Presse
Pompeo defendeu o realismo de suas políticas e apoiou uma abordagem moderada, dentro das capacidades dos Estados Unidos.
Pompeo defendeu o realismo de suas políticas e apoiou uma abordagem moderada, dentro das capacidades dos Estados Unidos.
Mike Pompeo | AFP / SAUL LOEB |
"Aprendemos com a história que os riscos do uso da força militar são significativos, por isso trabalhamos para privar Maduro e seus companheiros das receitas do petróleo que deveriam ser para o povo venezuelano", afirmou Pompeo.
O chefe da diplomacia disse ter certeza de que o governo de Maduro cairá e comparou sua situação à do ditador romeno Nicolae Ceausescu, que em julho de 1989 disse que o capitalismo nunca chegaria a seu país e que, antes do final daquele ano, morreu executado depois de ser derrubado.
"O fim de Maduro também está chegando. Simplesmente não sabemos em que dia", disse Pompeo em Louisville, Kentucky, quando falta pouco mais de um mês para que transcorra um ano desde que o líder parlamentar venezuelano Juan Guaidó se declarou presidente interino e foi reconhecido pelos Estados Unidos como presidente legítimo do país.
Os Estados Unidos pediram a Maduro desde janeiro que deixasse o país e, em abril, Pompeo disse, após uma revolta militar sufocante, que o líder venezuelano tinha um avião pronto para fugir para Cuba.