Os Estados Unidos devolveram quatro bases militares à Coreia do Sul na maior transferência desde 2015, anunciaram no dia 11 de dezembro as Forças dos EUA na Coreia.
Forças Terrestres
SEUL – O tenente-general Kenneth S. Wilsbach, vice-comandante da USFK, e Ko Yunju, diretor geral do Departamento de Assuntos Norte-Americanos do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul, finalizaram a devolução durante uma reunião em Camp Humphreys, uma base militar dos EUA localizada a cerca de 40 milhas ao sul de Seul.
SEUL – O tenente-general Kenneth S. Wilsbach, vice-comandante da USFK, e Ko Yunju, diretor geral do Departamento de Assuntos Norte-Americanos do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul, finalizaram a devolução durante uma reunião em Camp Humphreys, uma base militar dos EUA localizada a cerca de 40 milhas ao sul de Seul.
Um helicóptero Apache decola de Camp Humphreys, em Pyeongtaek, na Coreia do Sul. As Forças dos Estados Unidos da Coreia entregaram quatro bases militares à Coreia do Sul no dia 11 de dezembro e iniciaram o processo de devolução de Yongsan Garrison, a antiga sede militar dos EUA em Seul. Foto: Yonhap |
A entrega de quarta-feira consistiu em Camps Eagle e Long em Wonju, parcelas do Camp Market em Bupyeong e parcela Shea Range no Camp Hovey em Dongducheon.
As Forças dos Estados Unidos da Coreia têm 13 bases completamente vazias e fechadas, prontas para a devolução, anunciou em comunicado à imprensa.
As forças armadas também iniciaram o processo de devolução de Yongsan Garrison, a antiga sede militar dos EUA localizada no coração de Seul.
Yongsan, que no seu auge abrigava uma população de mais de 25.000 habitantes, é o principal imóvel que a Coreia do Sul está ansiosa por recuperar, com visões de transformá-la na versão de Seul do Central Park de Nova York.
Após anos de atrasos devido a problemas de construção e controle de qualidade, quase todas as forças que estavam estacionadas lá foram realocadas para Camp Humphreys, a base de US$ 10,7 bilhões e 3.500 acres que é a maior instalação militar dos EUA no exterior.
A administração do presidente sul-coreano Moon Jae-in pressionou para acelerar o retorno de bases militares, bem como a transferência do controle operacional de tropas de Washington para Seul.
“Como prova da nossa aliança ROK-EUA, o USFK continua comprometido em devolver as instalações o mais rapidamente possível ao controle do governo da ROK”, afirmou as USFK em comunicado. A República da Coreia é o nome oficial da Coreia do Sul.
As medidas ocorrem quando Seul e Washington permanecem num impasse em uma disputa contenciosa sobre um acordo de compartilhamento de custos para as cerca de 28.500 tropas americanas estacionadas na Coreia do Sul que abalaram a aliança de 66 anos.
Os Estados Unidos estão exigindo que a Coreia do Sul contribua com cerca de US$ 5 bilhões anualmente, um aumento de cinco vezes em relação ao seu compromisso atual.
No início de 2019, a Coreia do Sul concordou em assumir um encargo financeiro maior de US$ 923 milhões, um aumento de 8% em relação à sua contribuição anterior. A Coreia do Sul também pagou cerca de 90% do preço de Camp Humphreys.
O presidente dos EUA, Donald Trump, há muito tempo afirma que a Coreia do Sul não está pagando o suficiente pela proteção dos Estados Unidos e especula-se que ele esteja pensando em reduzir a presença de tropas dos EUA no país.
O Congresso concordou na segunda-feira em restringir a redução das forças dos EUA abaixo de um nível mínimo de 28.500 em sua Lei Nacional de Autorização de Defesa Nacional, que determina a política militar e os gastos para o próximo ano.
Uma quarta rodada de negociações de compartilhamento de custos de defesa terminou na semana retrasada sem acordo após uma visita de dois dias de Jeong Eun-bo, principal negociador da Coreia do Sul, a Washington, DC.
O atual Acordo de Medidas Especiais, que determina o compartilhamento de ônus da defesa entre Washington e Seul, deve expirar no final do ano.
FONTE: UPI