A decisão do governo interino da Bolívia de expulsar diplomatas espanhóis é "uma medida extrema e hostil", afirmou nesta terça-feira a delegação da União Europeia (UE) em La Paz.
France Presse
"A expulsão de funcionários diplomatas é uma medida extrema e hostil que deve ser reservada a situações de gravidade", afirmou a UE em um comunicado enviado à AFP.
"A expulsão de funcionários diplomatas é uma medida extrema e hostil que deve ser reservada a situações de gravidade", afirmou a UE em um comunicado enviado à AFP.
Ministra de Relações Exteriores da Bolívia, Karen Longaric, em coletiva de imprensa em La Paz em 27 de dezembro de 2019 | AFP / JORGE BERNAL |
O governo boliviano disse que, até quinta, a encarregada de negócios da Espanha, Cristina Borreguero, seu cônsul, Álvaro Fernández, e a equipe de segurança "armada" que esteve na embaixada do México em La Paz na sexta devem deixar o país.
A UE expressou "sua profunda preocupação com a escalada de tensão diplomática que acabou com a declaração de 'persona non grata' (...), medida que rejeita".
A embaixadora mexicana, María Teresa Mercado, também expulsa, deixou a Bolívia na terça-feira, enquanto a Espanha ainda não informou quando seus diplomatas deixarão o país andino.
Segundo o governo de Áñez, a visita dos espanhóis fazia parte de um plano para evacuar clandestinamente o ex-ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, braço direito do ex-presidente Evo Morales desde que chegou ao poder em 2006.
Quintana e outros ex-colaboradores estão asilados na legação mexicana desde que Morales renunciou em 10 de novembro, após uma revolta social nas eleições gerais de 20 de outubro, vencidas pelo ex-presidente, mas declaradas fraudulentas por uma auditoria da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Os asilados são investigados e denunciados pelo promotor boliviano pelos crimes de sedição e terrorismo.
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