Confirmação libera a Aviação do Exército a iniciar a escolha e formação de futuros pilotos
Thiago Vinholes | Airway
Os Sherpa serão operados pelo 4º Batalhão de Aviação do Exército (4° BavEx), baseado em Manaus (AM). A chegada dos aviões também exigir a construção de um novo hangar na sede do 4° BavEx com capacidade para o manejo de cargas e embarque nos bimotores turbo-hélice.
As outras opções analisadas pelo país eram aviões novos como o Airbus C-212 (antigo CASA C-212), DHC-6 Twin Otter, Cessna Grand Caravan e o polonês PZL M-28. Já os Sherpa utilizados pelos americanos eram aviões de uso civil convertidos no final da década de 90 para a versão C-23B e que foram utilizados pela guarda nacional dos EUA até 2014, quando foram desmontados e estocados.
O interesse do Exército em voltar a ter seus próprios aviões é antigo e só não ocorreu antes porque a FAB detinha a exclusividade de operação de qualquer tipo de aeronave em ambiente terrestre até 1986. Foi quando o governo brasileiro decidiu permitir que o Exército pudesse operar helicópteros – a Marinha já havia obtido esse direito em 1965 e, mais tarde, em 1998, passou a ter seus aviões de asa fixa, o AF-1 Skyhawk, adquiridos para uso a bordo do porta-aviões São Paulo, hoje desativado.
O Sherpa é uma versão militar do avião de passageiros Short 360 criado pela fabricante Short Brothers da Irlanda do Norte em 1981. Foram produzidos pouco mais de 160 aeronaves até 1991 quando a fabricação foi encerrada. Ele pode transportar até 20 passageiros ou cerca de 4 toneladas de carga.