OTAN irá receber nesta quinta-feira (19), o segundo dos cinco aviões não tripulados Global Hawk produzidos nos EUA e destinados ao sistema de vigilância da aliança, estimado em US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 6,1 bilhão). Sistema é discutido há três décadas e deveria ter entrado em operação em 2017.
Sputnik
Após anos de atraso, OTAN está mais próxima de obter seu sistema de drones que, segundo a aliança, será o mais avançado do mundo. Nesta quinta-feira (19), base aérea na Itália receberá o segundo exemplar dos cinco previstos.
Drone estratégico RQ-4 Global Hawk da força aérea dos EUA © AP PHOTO / NORTHROP GRUMMAN CORP. |
"Estamos praticamente criando uma pequena força aérea", disse o general de brigada Volker Samanns, diretor sênior de vigilância terrestre da aliança.
O sistema seria capaz de operar 24 horas por dia e fornecer informações praticamente em tempo real, desenhando mapas e captando imagens com definição superior às de satélite.
A instalação do sistema é discutida há cerca de três décadas e estava prevista para ser concluída em 2017, reportou a Reuters.
"Percorremos um longo, longo caminho", disse Samanns.
Os drones Global Hawk serão operados a partir da base aérea de Sigonella, na Itália, em instalações construídas pela francesa Airbus. Junto com 14 aeronaves de reconhecimento AWAC, os Global Hawk serão uns dos poucos equipamentos militares possuídos pela própria OTAN – os demais equipamentos são de posse dos Estados-membros da aliança.
Com capacidade de voar por até 30 horas a grande altitude, os drones, produzidos pela norte-americana Northrup Grumman, foram financiados por quinze países da aliança, incluindo Polônia, EUA e Itália.
Os 29 Estados-membros da aliança terão acesso às informações produzidas pelo drone, que, de acordo com o general de brigada, voarão no espaço aéreo da OTAN, mas poderão estender sua área de operação em caso de conflito.
O uso de drones militares é prática bastante difundida no campo de batalha moderno, tanto pela capacidade de coletar informações de inteligência, quanto pela realização de voos de longa duração.
As entregas para OTAN foram realizadas após a Alemanha ter cancelado compra de drones Global Hawk pelo seu alto custo e problemas de certificação.