O presidente do Estado árabe disse em entrevista à mídia francesa que se tropas sírias entrassem na França para combater o terrorismo sem autorização de seu governo, isso não seria aceito.
Sputnik
A Síria "percorreu um longo caminho" para derrotar grande parte da insurgência terrorista em seu território, mas focos de resistência ainda permanecem, enquanto os jihadistas estão recebendo apoio da Turquia e de países ocidentais, disse Bashar Assad em entrevista à revista Paris Match.
© Foto / Assessoria de imprensa de Bashar Assad |
O presidente sírio destacou os EUA, o Reino Unido e "especialmente a França" entre os principais atores que protegem os jihadistas na guerra contra Damasco.
"Você acha francamente que podemos enviar forças sírias para combater o terrorismo na França sem sermos convidados pelo governo francês? É o direito internacional que rege o comportamento dos Estados no mundo, não as [suas] intenções."
Situação de guerra
Denominada como Operação Chammal, o destacamento francês faz parte da coalizão contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) liderada pelos EUA, fornecendo apoio aéreo e destacando forças especiais para ajudar os combatentes curdos e árabes na Síria, segundo o objetivo.
Mas para Assad as forças estrangeiras estão fazendo algo que "é [chamado de] ocupação", pois nem Paris nem a coalizão obtiveram autorização de Damasco para a operação. O presidente sírio acrescentou: "Não há uma grande diferença entre apoiar o terrorismo e destacar militares para ocupar um país."
Com a luta continuando, Assad disse que a Síria pode lidar com a guerra sem qualquer apoio do Ocidente. "Nós conseguimos tratar dos nossos assuntos [...] Mas queremos voltar a uma ordem mundial que não é mais respeitada, porque reina o caos", concluiu.