A extensão do Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Novo START) é a única maneira de evitar a erosão do controle de armas e prevenir a degradação da estabilidade estratégica, afirma vice-chanceler russo.
Sputnik
"Nós estamos extremamente preocupados com a situação do futuro do Tratado Novo START, que expira em fevereiro de 2021. Este é o último instrumento no controle sobre as armas ofensivas de estratégicas de nossos dois países. Nós temos repetidamente expressado estar dispostos a abordar as questões de uma possível extensão", afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov.
Testes do míssil de cruzeiro russo Burevestnik com propulsão nuclear © SPUTNIK / MINISTÉRIO DA DEFESA DA RÚSSIA |
"Sob as atuais circunstâncias, a extensão do Tratado Novo START parece ser a única maneira de prevenir uma completa degradação da estabilidade estratégica e o perigo de erosão do controle e do mecanismo de limitação na área de armas e mísseis nucleares, além de ganhar tempo para continuar os estudos e trabalhar nas abordagens, incluindo em novas armas e tecnologias, e considerar métodos para controlá-los", ressaltou.
Inúmeras vezes, ao serem abordados sobre a questão, os Estados Unidos evitaram qualquer discussão a respeito, adicionou o vice-chanceler russo.
"Washington claramente ignora nossas preocupações relacionadas ao cumprimento dos EUA do tratado e se recusa a esclarecer seus planos referentes à extensão do tratado."
O diplomata também declarou que os EUA sugeriram que o tratado devesse abranger as novas armas russas.
"Isso é impossível sem os ajustes significantes do texto do tratado", enfatizou Ryabkov.
Anteriormente, a China comentou uma oferta realizada pelos EUA para uma conversa trilateral sobre os assuntos relacionados ao tratado entre Washington, Moscou e Pequim, declarando que a ideia não está nos planos do país, mas ressaltou que as armas nucleares podem ser reduzidas caso haja uma extensão plausível do tratado.
O Novo START é o último acordo de controle de armas entre as forças de Moscou e Washington depois da suspensão do Tratado INF.
O tratado estipula que o número de lançadores de mísseis nucleares estratégicos seja reduzido pela metade, além de limitar a quantidade de ogivas nucleares estratégicas desenvolvidas para 1.550.