Manifestantes antigoverno de Hong Kong paralisaram partes do polo financeiro asiático pelo terceiro dia seguido, nesta quarta-feira, e algumas linhas de transportes, escolas e muitos negócios deixaram de operar, depois que a polícia alertou que o agravamento da violência atingiu níveis mortais.
Por Kate Lamb e Jessie Pang | Reuters
HONG KONG - Cerca de 1 mil manifestantes interditaram ruas do centro do distrito comercial na hora do almoço. Usando trajes de escritório e máscaras proibidas, eles marcharam e lançaram tijolos em ruas que abrigam algumas das propriedades e lojas de artigos de luxo mais caras do mundo.
Policial atinge manifestante antigoverno com cacetete durante protesto em Hong Kong 13/11/2019 REUTERS/Athit Perawongmetha |
A frase “Estamos em 4 de junho de 1989” foi rabiscada nas vitrines da loja de moda Georgio Armani, uma referência à repressão de tropas chinesas a manifestantes pró-democracia na Praça da Paz Celestial de Pequim.
Dezenas de policiais da tropa de choque tentaram dispersar as multidões perto da bolsa de valores, lançando algumas pessoas no chão e agredindo outras com cassetetes.
Manifestantes e policiais se enfrentaram em universidades durante a noite de terça-feira poucas horas depois de uma autoridade de alto escalão da polícia dizer que a cidade sob controle chinês estava “à beira do colapso total”.
Os manifestantes estão revoltados com o que veem como brutalidade policial e interferência de Pequim nas liberdades garantidas pela fórmula “um país, dois sistemas”, adotada quando a ex-colônia britânica voltou ao comando chinês em 1997.
A China nega interferir e acusou países ocidentais, como Reino Unido e Estados Unidos, de atiçarem tumultos.
Smartband Huawei Band 3 |