Milhares de iranianos bradaram “Morte à América” perto da antiga embaixada dos Estados Unidos nesta segunda-feira, o 40º aniversário da invasão da missão, e o chefe do Exército do Irã comparou os EUA a um escorpião venenoso determinado a ferir seu país.
Reuters
DUBAI - A televisão estatal mostrou multidões tomando as ruas ao redor da antiga missão, apelidada de “antro de espiões” após a Revolução Islâmica de 1979. Marchas e protestos estavam sendo realizados em cerca de mil comunidades de toda a nação, disse a mídia estatal.
DUBAI - A televisão estatal mostrou multidões tomando as ruas ao redor da antiga missão, apelidada de “antro de espiões” após a Revolução Islâmica de 1979. Marchas e protestos estavam sendo realizados em cerca de mil comunidades de toda a nação, disse a mídia estatal.
Manifestantes iranianos marcam 40º aniversário da invasão da embaixa dos EUA em Teerã 04/11/2019 Nazanin Tabatabaee/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS |
Estudantes islâmicos raciais invadiram a embaixada pouco após a queda do xá apoiado por Washington, e 53 norte-americanos foram mantidos como reféns durante 444 dias. Os dois países são inimigos desde então.
“Nossa luta com a América diz respeito à nossa independência, a não se submeter ao assédio, a valores, crenças e nossa religião”, disse o chefe do Exército, general Abdolrahim Mousavi, em um discurso durante a manifestação diante da antiga embaixada.
“Eles (norte-americanos) continuarão com suas hostilidades, como o escorpião venenoso proverbial cuja natureza é picar e não pode ser detido até ser esmagado”, disse Mousavi em comentários transmitidos pela TV estatal.
No domingo, o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, renovou a proibição das conversas com os EUA, descrevendo os dois países como adversários implacáveis.
“Aqueles que acreditam que negociações com o inimigo resolverão nossos problemas estão 100% errados”, disse.
Enquanto isso, o Parlamento iraniano deu sua aprovação inicial a uma medida que exige que os livros escolares informem os estudantes sobre os “crimes da América”. Parlamentares também bradaram “Morte à América”.
As relações entre os dois países entraram em crise ao longo do último ano desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, retirou sua nação de um pacto firmado pelo Irã e por potências mundiais em 2015 conforme o qual Teerã aceitou limites ao seu programa nuclear em troca da suspensão de sanções.
Washington reativou sanções visando deter todas as exportações iranianas de petróleo, dizendo que tenta forçar o regime a negociar um acordo mais abrangente.
Khamenei proibiu as autoridades iranianas de realizarem conversas a menos que os EUA voltem ao acordo nuclear e suspendam todas as sanções.