É provável que o financiamento do grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia) mude de um sistema "centralizado" no Iraque e na Síria para um sistema muito mais fragmentado após a morte de seu líder, disse uma autoridade dos EUA nesta quarta-feira.
Sputnik
"Eles ainda têm acesso a milhões de dólares", afirmou Marshall Billingslea, secretário-adjunto do Tesouro dos EUA para financiamento do terrorismo, depois de participar de uma reunião em Luxemburgo focada em combater o Daesh.
"Eles ainda têm acesso a milhões de dólares", afirmou Marshall Billingslea, secretário-adjunto do Tesouro dos EUA para financiamento do terrorismo, depois de participar de uma reunião em Luxemburgo focada em combater o Daesh.
© AP Photo / Site militar |
Ele informou que as operações financeiras do grupo devem mudar "de um modelo centralizado no Iraque e na Síria para uma abordagem muito mais regionalizada", à medida que se adapta para lidar com a morte do líder Abu Bakr al-Baghdadi.
Baghdadi morreu em 26 de outubro durante um ataque das forças especiais dos EUA em seu esconderijo no noroeste da Síria, onde ficou escondido depois da derrota de seu califado que já se estendeu pelo norte da Síria e do Iraque.
Billingslea previu que o Daesh confiará "em seus diferentes órgãos regionais para se tornarem mais auto-suficientes", principalmente por meio de resgates de sequestros, extorsões e até roubo de vacas na Nigéria, onde também está presente.
A reunião de Luxemburgo reuniu representantes de países de uma coalizão formada para combater o financiamento do Daesh, sob a bandeira Counter ISIS Finance Group.
A coalizão, liderada pelos EUA, Itália e Arábia Saudita, recebeu dois novos membros: Malásia e Tailândia. A organização reúne-se duas vezes por ano em diferentes locais que não são comunicados com antecedência.
Na segunda-feira, o departamento do Tesouro dos EUA adicionou oito empresas e indivíduos na Turquia, Síria, Golfo e Europa à sua lista de sanções por supostamente fornecer apoio financeiro ao Daesh.