O conselheiro do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, Yasin Aktay.A possível proteção das unidades curdas, que operam no norte da Síria, por Damasco, será considerada por Ancara como uma declaração de guerra à Turquia.
Sputnik
"Se o regime sírio [tropas do governo] quiser entrar em Manbij, Kobane e Qamishli para fornecer proteção às Unidades de Proteção do Povo Curdo [YPG], isso será visto pela Turquia como a declaração de guerra e [Damasco] enfrentará uma resposta relevante”, afirmou Aktay.
© AP Photo / Lefteris Pitarakis |
No entanto, de acordo com ele, se o governo sírio fornecer à Turquia garantias de que as unidades curdas no operarão na área de fronteira, Ancara poderá mudar sua posição no avanço das tropas do governo sírio para a parte norte do país.
O conselheiro de Erdogan acrescentou que as tropas turcas e outras tropas estrangeiras deixariam a Síria após o estabelecimento de paz e segurança em todo o país.
"A Turquia não ocupa os territórios de ninguém", acrescentou Aktay.
No início desta semana, o cessar-fogo no norte da Síria foi anunciado pelo vice-presidente dos EUA, Mike Pence, após horas de conversas com Erdogan em Ancara. Pence disse que os lados concordaram que um cessar-fogo de 120 horas que seria colocado em vigor no nordeste da Síria para permitir a retirada das forças curdas.
Operação Fonte de Paz
No dia 9 de outubro, Erdogan anunciou o início da operação Fonte de Paz no nordeste da Síria contra os curdos, que Ancara considera aliados do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que é considerado pelo governo turco organização terrorista, e contra o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em muitos outros países).
O governo sírio de Bashar Assad condenou a política de ocupação da Turquia no nordeste da Síria. A Rússia afirmou que a Turquia deve evitar ações que possam dificultar a resolução do conflito sírio, presente no país árabe desde 2011.
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